No Brasil, em média, um quilo de carne bovina é responsável por:
• 10 mil metros quadrados de floresta desmatada.
• Consumo de 15 mil litros de água doce limpa.
• Emissão de dióxido de carbono diretamente na atmosfera.
• Emissão de metano na atmosfera.
• Despejo de boro, fósforo, mercúrio, bromo, chumbo, arsênio, cloro entre outros elementos tóxicos provenientes de fertilizantes e defensivos agrícolas, que se infiltram no solo e atingem os lençóis freáticos.
• Descarte de efluentes como sangue, urina, gorduras, vísceras, fezes, ossos e outros, que acabam chegando aos rios e oceanos depois de contaminarem solo e aquíferos subterrâneos.
• Consumo de energia elétrica.
• Consumo de combustíveis fósseis.
• Despejo nomeio ambiente de antibióticos, hormônios, analgésicos, bactericidas, inseticidas, fungicidas, vacinas e outros fármacos, via urina, fezes, sangue e vísceras, que inevitavelmente atingem os lençóis freáticos.
• Liberação de óxido nitroso, cerca de 300 vezes mais prejudicial para a atmosfera do que o CO².
• Pesados encargos para os cofres públicos com tratamentos de saúde decorrentes da contaminação gerada pela pecuária.
• Gastos do poder público com infraestrutura e saneamento necessário para equilibrar os danos causados pela pecuária.
• Custo dos incentivos fiscais e subsídios concedidos pelos governos estaduais e federal para a atividade pecuária.
Tudo isso está presente em cada quilograma de alcatra, maminha, picanha e outros cortes, consumidos aos milhões no menu diário e nos churrascos domingueiros. E nada disso é computado no balcão do açougue.
É importante observar que estes dados relativos à produção de 1kg de carne de boi não são estimativas alarmistas; são constatações alarmantes de estudos científicos e dados oficiais. A criação de suínos, caprinos, bubalinos e ovelinos (ou de outros mamíferos de grande porte) gera inúmeros semelhantes. Ou seja, a produção industrial de carnes é uma das fontes mais importantes de poluição do meio ambiente: exige áreas gigantescas, consome enorme volume de recursos naturais e energéticos, onera sensivelmente os cofres públicos, além de gerar bilhões de toneladas de resíduos tóxicos sólidos, líquidos e gasosos, que contaminam solo, água, ar, plantas, animais e pessoas.
A legislação brasileira é rigorosa em relação à poluição industrial. Porem, não há fiscalização para o setor pecuário: a aplicação das leis ambientais tornaria praticamente inviável a atividade. Se o governo brasileiro retirasse incentivos e subsídios, cobrasse impostos integrais e obrigasse a internalizar os custos energéticos, o uso de recursos naturais e os danos ambientais, cada quilo de alcatra custaria uma pequena fortuna!
“Cada um compartilha da responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humana e de todos os seres vivos.” Carta da Terra
Fonte: Sociedade Vegetariana Brasileira – Departamento de Meio Ambiente
www.sbv.org.br
Obs: Desde que não haja fins lucrativos e seja citada a fonte, são só é permitido como incentivado a divulgação e reprodução, em qualquer meio, de trechos ou da íntegra desta publicação, sem a necessidade de autorização prévia.