"Flor parece a gente, pois somos semente do que ainda virá... Sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar e o dia parece metade, quando a gente acorda e esquece de levantar... Mas o mundo é perfeito" (Teatro Mágico...)
Cogu mel os
terça-feira, 1 de setembro de 2009
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INSCRIÇÃO PARA UMA LAREIRA
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
"A vida é um incêndio: nela
dançamos, salamandras mágicas
dançamos, salamandras mágicas
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!
Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida..."
(Mário Quintana)
p.s.: Ao fogo...
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Day Zeppelin
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(p)ARTE
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
A noite briga com o dia
O dia desmaia a noite
Passa-se tudo e foi-se
As dores da competição,
Perdoa o dia, a noite,
Mas você perdoa meu coração?
Se errei, e assim não sei acertar
tento por a culpa no rimar
Não sou poeta como você, poeta
E a arte que em ti sobra, em mim é falta.
Ou me iludo e busco luto
Ou me apaixono e viro o mundo
Mas paixão em mim já existe
Cade o mundo??? Cadê???
Se errei, é porque sinto demais
E sentir em demasia é loucura
Como posso em outro louco buscar cura?
Para todos meus devaneios e "quereres"?
O dia desmaia a noite
Passa-se tudo e foi-se
As dores da competição,
Perdoa o dia, a noite,
Mas você perdoa meu coração?
Se errei, e assim não sei acertar
tento por a culpa no rimar
Não sou poeta como você, poeta
E a arte que em ti sobra, em mim é falta.
Ou me iludo e busco luto
Ou me apaixono e viro o mundo
Mas paixão em mim já existe
Cade o mundo??? Cadê???
Se errei, é porque sinto demais
E sentir em demasia é loucura
Como posso em outro louco buscar cura?
Para todos meus devaneios e "quereres"?
Dayane R. Peixoto
p.s.: rsrs >>> (Inspirado em arte alheia. RRP)
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Feliz dia do Rock galera!
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Galera, vou deixar pra vocês o link do site vovô do rock> http://www.vovodorock.com
Para os Mineirinhos de Bh ficarem por dentro do melhor que temos no palco nacional...
[fica da dica]
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Sem nome, em nome da ausência...
terça-feira, 30 de junho de 2009
'Jazz' aqui a sua ausência
'Blues' e outras cores intensas
Que colorem a minha saudade
E a sua 'imeeeeeeensa' falta 'compassada'.
Escrevo porque em mim palpita diferentes tempos (amor).
O agora, o presente, o amanhã e o sempre...
Escrevo porque o que sinto vem em cor:
Vezes acolhedora, tranqüila e toda outra que te lembre...
(E sempre tudo, em cada parte, te traz comigo)
Escrevo porque pres(sinto) a poesia que brota no olhar.
E silêncios que me ensinam a calma de um abraço.
Escrevo porque cada minuto é pouco pra se sonhar.
No vazio é que compreendo a dimensão desse infinito laço.
Escrevo porque de você faço reflexo, reflexão. Penso...
Sobre o invisível que vem num beijo, num desejo.
Escrevo porque tudo aqui é expressivo, em dobro: intenso.
Uma 'pausa' ( ) para captar o sentimento que ensejo.
Mas que não dure pausa essa para todo o sempre.
Que é pra não descompassar meu coração
Porque o sempre e eterno que preciso
Vem com acalma do seu laço e abraço...
Sem Jazz e blues
Só o silêncio da respiração.
'Blues' e outras cores intensas
Que colorem a minha saudade
E a sua 'imeeeeeeensa' falta 'compassada'.
Escrevo porque em mim palpita diferentes tempos (amor).
O agora, o presente, o amanhã e o sempre...
Escrevo porque o que sinto vem em cor:
Vezes acolhedora, tranqüila e toda outra que te lembre...
(E sempre tudo, em cada parte, te traz comigo)
Escrevo porque pres(sinto) a poesia que brota no olhar.
E silêncios que me ensinam a calma de um abraço.
Escrevo porque cada minuto é pouco pra se sonhar.
No vazio é que compreendo a dimensão desse infinito laço.
Escrevo porque de você faço reflexo, reflexão. Penso...
Sobre o invisível que vem num beijo, num desejo.
Escrevo porque tudo aqui é expressivo, em dobro: intenso.
Uma 'pausa' ( ) para captar o sentimento que ensejo.
Mas que não dure pausa essa para todo o sempre.
Que é pra não descompassar meu coração
Porque o sempre e eterno que preciso
Vem com acalma do seu laço e abraço...
Sem Jazz e blues
Só o silêncio da respiração.
(Dayane R. Peixoto)
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"Personagem" - Cecília Meireles
domingo, 14 de junho de 2009
Personagem (fragmento)
Teu nome é quase indiferente
e nem teu rosto mais me inquieta.
A arte de amar é exactamente
a de se ser poeta.
Para pensar em ti, me basta
o próprio amor que por ti sinto:
és a ideia, serena e casta,
nutrida do enigma do instinto.
O lugar da tua presença
é um deserto, entre variedades:
mas nesse deserto é que pensa
o olhar de todas as saudades.
Meus sonhos viajam rumos tristes
e, no seu profundo universo,
tu, sem forma e sem nome, existes,
silêncio, obscuro, disperso.
Teu corpo, e teu rosto, e teu nome,
teu coração, tua existência,
tudo - o espaço evita e consome:
e eu só conheço a tua ausência.
Eu só conheço o que não vejo.
E, nesse abismo do meu sonho,
alheia a todo outro desejo,
me decomponho e recomponho.
(Cecília Meireles)
=_=_=_=_=_=_=_=_=_=_=_=
P.s.: Notas de um observador:
Acho que poesia é comobuquê de rosas
casamento
velório
...
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11:08
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... POr Aí...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Minha alma anda cantando Bruni pelas esquinas...
... e sonhando os sonhos que esquecem por aí.
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06:25
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I Remember You...
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Ouvindo: (I Remember You - Skid Row)
"I'd stare a lifetime into your eyes
So that I knew that you were there for me
Time after time, you were there for me"
"You said "I love you babe," without a sound
I said I'd give my life for just one kiss
I'd live for your smile, and die for your kiss"
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Não desista de seus sonhos!
sexta-feira, 15 de maio de 2009
(Refletindo...)
Antes de qualquer porquê ou reticências: Não desista nunca! Desistir é enfraquecer um sonho, deixar de alcançar uma vitória significativa, perder pelo caminhos valores e momentos insubstituíveis. Buscar o essencial, o sorriso... É ir a luta. E ir à luta é viver, e não só sobreviver às pedras no meio do caminho. O sucesso não vem de graça, muito menos cai em forma de chuva a concretização de cada desejo. É preciso correr atrás, cair, levantar, parar e refletir, pra depois começar denovo a maratona. Então...
Vá em busca dos seus sonhos... E nunca desista de seus ideais, por mais difícil que possa parecer. O começo, o meio e o possível fim de cada história depende do caminho que você mesmo contrói.
Plante paz, lute pela liberdade.
E não desista nunca!
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...
domingo, 26 de abril de 2009
"Senhor
faz de mim
um instrumento
da tua música.
onde há silencio
que eu leve o si.
onde a dor
que eu leve o dó.
onde há uma lágrima
que eu leve o lá.
e onde há trevas
que eu leve o sol."
(Carlos Rodrigues Brandão)
faz de mim
um instrumento
da tua música.
onde há silencio
que eu leve o si.
onde a dor
que eu leve o dó.
onde há uma lágrima
que eu leve o lá.
e onde há trevas
que eu leve o sol."
(Carlos Rodrigues Brandão)
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CYNa
terça-feira, 14 de abril de 2009
À minha bailarina urbana...
que pela vida toda
sua cyna vai carregar...
... versejar, versejar, versejar...
Day
*****
"Quando estou num palco
Entre luzes a brilhar,
Eu me sinto um pássaro
A voar, voar, voar.
Toda bailarina pela vida vai levar
Sua doce sina de dançar, dançar, dançar..."
(A Bailarina - Toquinho)
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domingo, 12 de abril de 2009
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Eros e Psiquê
sexta-feira, 10 de abril de 2009
"Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia."
(Fernando Pessoa - Eros e Psiquê)
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Embornal
segunda-feira, 30 de março de 2009
Eu sou um homem comum.
Nascido de mãe preta e pai servente de pedreiro,
Oscilo entre a miserabilidade e a subserviência absoluta.
- O sol não me presenteia com sua claridade.
Logo pela manhã, enquanto outros devaneiam,
Desço a velha rua calçada com meu embornal xadrez
E a marmita que traz o alimento que me impede de morrer.
- O feijão-com-arroz é a benção do meu dia.
No barraco onde escondo minha vergonha,
A mulata triste reza pelo destino de suas crias.
Ela não tem vestidos; aprendera, logo cedo, a não ter vaidades.
- A pobreza só é bela nas telas do cinema que nunca entramos.
Meus filhos, coitados, doutrinei desde cedo
A lutar pelas migalhas que escapam a gula dos ricos.
Seus sorrisos são amarelos e raros como ouro de mina.
- Seus sonhos não têm cor nem sentido.
Eu sou um homem comum.
Nascido de mãe preta e pai servente de pedreiro,
Arrasto minha carcaça pelas madrugadas da metrópole muda.
- Almejo, um dia, ser gente.
Nascido de mãe preta e pai servente de pedreiro,
Oscilo entre a miserabilidade e a subserviência absoluta.
- O sol não me presenteia com sua claridade.
Logo pela manhã, enquanto outros devaneiam,
Desço a velha rua calçada com meu embornal xadrez
E a marmita que traz o alimento que me impede de morrer.
- O feijão-com-arroz é a benção do meu dia.
No barraco onde escondo minha vergonha,
A mulata triste reza pelo destino de suas crias.
Ela não tem vestidos; aprendera, logo cedo, a não ter vaidades.
- A pobreza só é bela nas telas do cinema que nunca entramos.
Meus filhos, coitados, doutrinei desde cedo
A lutar pelas migalhas que escapam a gula dos ricos.
Seus sorrisos são amarelos e raros como ouro de mina.
- Seus sonhos não têm cor nem sentido.
Eu sou um homem comum.
Nascido de mãe preta e pai servente de pedreiro,
Arrasto minha carcaça pelas madrugadas da metrópole muda.
- Almejo, um dia, ser gente.
(Roniel Oliveira)
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Políticas públicas de segurança
sexta-feira, 27 de março de 2009
Nessa semana participei de uma palestra na faculdade sobre a abertura da campanha da fraternidade: "A paz é fruto da Justiça" em que, temas como a segurança pública foram levantados em um debate que participou um padre, um capitão da polícia e um Doutor em segurança pública. Enfim, alguns dados me chamaram a atenção e me levaram a refletir (como sempre) sobre a situação do nosso Brasil. (nosso?) Você sabia que, de acordo com dados colhidos entre os anos de 1990 e2005 constatou-se que a média de assassiantos por ano é de 40000? Entre os crimes cometidos, os mais frequentes são os homicídios, furtos, assaltos e os crimes de 'colarinho branco'? Sim... Crimes de corrupção pelas mãos de quem elegemos. É claro que o índice de crimes cometido pela classe baixa vai ser muito maior. As pesquisas não mostram a verdadeira face do crime. Não entra nas folhas de pesquisas os crimes do Senado e muito menos o dinheiro que financia o tráfico. Hoje em dia os maiores índices de mortalidade brasileira concentra a faixa etária que vai de 15 à 29 anos. Enfrentamos muitos problemas em relação às políticas públicas de segurança. O tema da campanha da fraternidade se encaixa perfeitamente na atualidade. Mas... é necessário acabar com a violência para se ter fraternidade, ou é necessário ter fraternidade para se acabar com a violência? Eis a questão. Educação é pilar de toda sociedade. Onde está o "Res cogitans"? Pensantes... Vamos fazer o mundo girar...
(Dayane R. Peixoto)
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Xanéu nº5
sexta-feira, 20 de março de 2009
A minha TV não se conteve, atrevida,
passou a ter vida olhando pra mim
Assistindo a todos os meus segredos,
minhas parcerias, dúvidas, medos
Minha tv não obedece
Não quer mais passar novela, sonha um dia
em ser janela, não quer mais ficar no ar
Não quer papo com a antena, nem saber
se vale a pena ver de novo tudo que já vi...vi
A minha TV não se esquece nem do preço,
nem da prece que faço pra mesma funcionar
Me disse que se rende à internet, em suma,
não se submete a nada pra me informar
Não quis mais saber de festa,
não pensou em ser honesta funcionando quando precisei
A noticia que esperava consegui na madrugada
num siteflickr-blog-fotolog que acessei
A minha TV tá louca, me mandou calar a boca
e não tirar a bunda do sofá
Mas eu sou facinho de marré-de-si, se a maré subir,
eu vou me levantar
Não quero saber se acabo
nem se minha assinatura vai mudar tudo que aprendi
Triste fico seriado, um bocado magoado
sem saber o que será de mim
Ela não sap quem eu sou,
ela não fala a minha língua
Ela não sap quem eu sou,
ela não fala a minha língua
Enquanto pessoas perguntam porque,
outras pessoas perguntam porque não
Até porque não acredito no que é dito,
no que é visto,
Ter acesso é poder e o poder é a informação,
Qualquer palavra satisfaz a garota, o rapaz
E paz, quem traz, tanto faz?
O valor é temporário, o amor imaginário,
a festa e o perjúrio
O minuto de silencio
é o minuto reservado de murmúrio,
de anestesia
O sistema é nervoso e te acalma
com a programação do dia
Com a narrativa
A vida ingrata de quem acha que é noticia,
de quem acha que é momento,
Na tua tela,
Quer ensinar fazer comida uma nação
que não tem ovo na panela
Que não tem gesto,
Quem tem medo assimila
toda forma de expressão como protesto!
Num passado remoto perdi meu controle
Num passado remoto perdi meu controle
Era a vida em preto-e-branco.
Quase nunca colorida, reprisando coisas que não fiz....
Finalmente se acabando feito longa, feito curta,
que termina com final feliz
Ela não sap quem eu sou,
ela não fala a minha língua
Ela não sap quem eu sou,
ela não fala a minha língua
Eu não sei se paper-view,
ou se quem viu tudo fui eu
Eu não sei se paper-view,
ou se quem viu tudo fui eu
... Teatro Mágico. (programe-se)
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Hoje => abolindo poemas...
quarta-feira, 18 de março de 2009
Hoje resolvi abolir poemas... Deixa-los soltos por ai para que sejam proferidos por outras bocas insanas. Hoje resolvi falar do dia, da noite e de todas as overdoses de pensamentos desconexos. Sabe, ando pensando, e pensando enquanto me deito pra dormir também. Existem pessoas tão distantes de mim, mas ao mesmo tempo tão e tão próximas que sou capaz de fechar os olhos, esticar os braços e agarra-las com um abraço. Tudo seria possível se não fosse a tela fria dessa minha máquina de fazer sonhos. Começo contando-lhes sobre uma idéia maluca que tive há alguns meses atrás... Fui ao edifício maleta e deixei em um sebo um livro de poesias com uma carta minha dentro. Na carta um e-mail e a esperança de uma possível resposta, caso alguém pegasse aquele livro... E eis que recebo o primeiro contato... e outros. Hoje se inclui na minha rotina abrir minha caixa de entrada todos os dias para conferir se recebi desse tal admirador de versos mais um poema dizendo assim... “Quero escrever-te até encontraronde segregas tanto sentimento. Pensas em mim, teu meio-riso secreto atravessa mar e montanha” (poema do e-mail de hoje). Outra parte do meu dia eu separo para visitar um blog curioso. Realmente um diário virtual de um “veg solitário”, mas adorável e tão poético como Baudelaire e suas garrafas de gim. Abro então aquele site de relacionamentos que tomou conta do mundo e me vejo a procurar por um recado de um cara fã de Iron com o qual nunca conversei, mas que de todos, deixou um charme e aquela vontade de... será que falarei com ele um dia? Já a bailarina-urbana, eu uso como entorpecente, para que eu saiba dançar e maquiar os problemas durante o meu dia. O tal Voyer, desapareceu, sem deixar rastros, mas deixou poeira pelos cantos da minha lembrança. O poeta... ah! O poeta é incrível, apesar de sofrer com as minhas constantes ondulações de humor, eu vivo à espera da atualização dos nossos sonhos conjuntos. Enfim, apesar de tudo, a poesia prevalece e é preciso sonhar para que um dia ao abrir os olhos eu saiba que o sonho era real e que tudo acontece ao quebrar de um ponteiro. No mais, poesia pra ti:
"Senhor
faz de mim
um instrumento
da tua música.
onde há silencio
que eu leve o si.
onde a dor
que eu leve o dó.
onde há uma lágrima
que eu leve o lá.
e onde há trevas
que eu leve o sol."
(Carlos Rodrigues Brandão)
p.s.: Ouvindo: "O hierofante" - Secos e Molhados
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Noite de Blues
segunda-feira, 16 de março de 2009
Garçom, traz uma garrafa
Pode encher até a borda
Traz que hoje a noite é a vida inteira
E a poesia está despindo a sanidade
Garçom, traz outra garrafa de Blues
Uma só dose não acalma meu pensar
Mas dessa vez eu quero Blues de lua nova
Chama a trsiteza à mesa pra me acompanhar
E ficamos assim...
Eu e ela de mãos dadas
Até a vinda da alvorada.
p.s.: Fase improdutiva / apoetica.
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06:17
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Embriagai-vos
sábado, 7 de março de 2009
Baudelaire à um poeta que ainda não se descobriu. [Ao amigo Veg]
Embriagai-vos:
É necessário estar sempre bêbado.
Tudo se reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo,
que vos abate e vos faz pender para a terra,
é preciso que vos embriagueis sem cessar.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.
Contanto que vos embriagueis.
E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio,
na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto,
despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida,
perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio,
a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola,
a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são;
e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio,
hão de vos responder:É hora de se embriagar!
Para não serdes os martirizados escravos do Tempo,
embriagai-vos;
embriagai-vos sem tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.
(Baudelaire)
...Enfim, não deixe essa solidão embriagar só a ti, que a poesia seja ponte, elo e o sentido da nossa amizade.
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Day Zeppelin
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14:11
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Em vão
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Não quero mais que sejas
O suplício que me aflinge a alma
Nem que diante de mim padeças
Como quem busca abrigo e calma.
Não espero mais ler seus versos
E buscar algo que não é pra mim
Nem quero ouvir frouxos restos
Como quem diz que chegou ao fim.
Sentimento não se compra em maços
Nem amor se coloca em garrafa
Mas no fundo sei, que se ainda ouço seus passos
É que não aceitei que tudo seja só farsa.
Ainda que em teus olhos não tenha mergulhado
Oud e teus lábios e braços, o calor sentido
Tua lembrança não é presente nem passado
Mas o que nunca veio ese tem ido.
Como nessa noite comigo sonhaste,
Se o fato é que contigo nunca estive?
Assim como as cartas que na mesa ficaste
Pulsa, mas o tempo faz com que não vive.
Podes achar cada verso breve e manso
Cada palavra, um devaneio que é dito
Mas até de cada ponto seu, não canso
E por dentro me corta, tudo o que escrevo e grito.
A distância vai os planos dissolvendo
E constrói outros do qual não faço parte
Os sonhos de mãos dadas vão correndo
E do que nunca tive, levam a saudade.
Resta então por no papel tudo que sinto
Ou cantar por aí o que um dia eu vá sentir
Mesmo sabendo que por ti nunca é lido
E a resposta do que sinto não está por vir.
Saiba que repito, não pra te cansares
Mas porquê em mim silêncio é eco
Não me importa tempos, distâncias, lugares
Te amar agora
[e sempre]
É fato, não mais nego.
(Dayane R. Peixoto)
p.s.: Em vão... e em cada vão que está aqui.
Ouvindo "Kashimir" pra variar...
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Faz-me a$$im...
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Faz-me farta
Farta de fal$o liri$mo
Farta de código$ de barra
Farta de mulhere$ ‘polimerolizada$’
Farta de$$a demanda de identidade$ numerai$
Faz-me falta
Falta de companheirismo
Falta de saraus na sala
Falta de homens ‘cosmopoliticalizados’
Falta dessa demanda de cultura [em decimais]
[Com muito$ número$...]
(Dayane R. Peixoto)
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Crime Urbano
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Um sabor cor de ocre me vem a boca
E pressinto no vento o fim, selar
Cada suspiro e sonho que almejava
Vejo cada gota no chão tintilar.
Esse quadro não é cor que se pinta em vida
Não é matiz de flor ou de cantoria
É gota a gota que aqui transborda
Vê no chão? Nota? É pura ironia!
É quente, é forte, é a queima roupa
É a mente, a morte, a indiferença
Do olhar que passa e repara a poça
Mas não vê o fim da alma que é presença.
É quente, é forte, é a queima roupa
É a mente, a morte, a indiferença
Do olhar que volta e já esquece a poça
E ainda acha que todo vermelho...
É só mais uma entre outras tantas
Cores dispersas dessa avenida
Vem a vinda
De outra ida
Ave, vida!
(Dayane R. Peixoto)
E pressinto no vento o fim, selar
Cada suspiro e sonho que almejava
Vejo cada gota no chão tintilar.
Esse quadro não é cor que se pinta em vida
Não é matiz de flor ou de cantoria
É gota a gota que aqui transborda
Vê no chão? Nota? É pura ironia!
É quente, é forte, é a queima roupa
É a mente, a morte, a indiferença
Do olhar que passa e repara a poça
Mas não vê o fim da alma que é presença.
É quente, é forte, é a queima roupa
É a mente, a morte, a indiferença
Do olhar que volta e já esquece a poça
E ainda acha que todo vermelho...
É só mais uma entre outras tantas
Cores dispersas dessa avenida
Vem a vinda
De outra ida
Ave, vida!
(Dayane R. Peixoto)
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Inspiração
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Queria poesia fazer
Pra toda essa solidão te roubar
Mas da esperança de seu sorriso ver
Surge a minha inspiração pra criar.
Se sozinho o sorriso não mostras
E sem ti a poesia não vem
Ponho na gaveta o palpite, o verso
Na esperança que, um dia também...
Queira os meus olhos ver
Queira com a minha solidão acabar
Ou em última hipótese dizer
[eu te amo]
Mesmo que seja só pra inspirar...
(Dayane R. Peixoto)
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Poesia
Frenesi
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Adentrando pela tarde plangente
Aniquilo o mundo a minha volta
Em meio a lembranla displicente
Frenesi de um sentimento que me molda
Não me basta querer, possuir
Ou de alguma maneira exarcebada
Sem controle ou meio para discernir
Expor o que penso de forma moldada
O que me empara, nos olhos está
No que me tira o folego, repara então
Pra que não reste só a gratidão.
Que não seja tudo só lembrança no tempo
Mas que seja a eternidade esse momento
Onde guardo sua presença longe da hora vã...
Sã.
(Dayane R. Peixoto)
Aniquilo o mundo a minha volta
Em meio a lembranla displicente
Frenesi de um sentimento que me molda
Não me basta querer, possuir
Ou de alguma maneira exarcebada
Sem controle ou meio para discernir
Expor o que penso de forma moldada
O que me empara, nos olhos está
No que me tira o folego, repara então
Pra que não reste só a gratidão.
Que não seja tudo só lembrança no tempo
Mas que seja a eternidade esse momento
Onde guardo sua presença longe da hora vã...
Sã.
(Dayane R. Peixoto)
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Outro(s) eu(s)...
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Outro de mim nasceu,
Na calçada de uma padaria,
Pela madrugada,
Ecoando o mesmo grito que tenho agora.
Nasceu com data de validade.
Alguns minutos ou anos, talvez,
Fadado à fome, ignorância, desprezo,
Ao extermínio por um sistema que não escolheu.
Enfim, nasceu, por assim dizer, assim como todos os eu(s).
Seu rosto era negro.
Tinha na pele manchas de seus ancestrais,
Máquinas de suor e esperança,
Enfileiras nos braços feitos de carvão úmido.
Rejeitou o ar que recebeu.
Ambicionou um seio materno, não teve;
Desejou um colo, foi negado;
Estava com sono, um tabefe lhe foi ofertado;
Explodiu em febre, ninguém sentiu calor;
Ansiou morrer, obteve sucesso.
Uma senhora que passava, bíblia em punho,
Disse, mesclando aversão e alivio:
“Era só um “negrinho”! Antes ele do que eu...!”
(Roniel Oliveira - 31 de janeiro de 2009)
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A simples euforia d'alma
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
A melodia
De palma em palma.
É o mel do dia
De alma em alma.
É o fel que ia
E vinha a calma.
(Dayane R. Peixoto)
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...
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Ilógicos Humanos
Ela era tão bela
Ele era esquelético
Ela fazia planos
Ele queria sobreviver
Ela sonhava em ser modelo
Ele colecionava soldadinhos de chumbo
Ela usava maquiagens caras
Ele tinha uma camisa rasgada de Che Guevara
Ela gostava de opera e jazz
Ele cultuava Sex Pistols.
Ela tinha fazenda e carro
Ele recebia um salário mínimo
Ela sabia inglês e espanhol
Ele se atrapalhava com os porquês
Ela saia à noite pra baladas
Ele via seriados na TV
Ela fumava unzinho para relaxar
Ele tomava aguardente nas quartas-feiras
Ela lia demais
Ele não gostava de Vitor Hugo
Ela amava comida chinesa
Ele não usava perfumes
Ela fazia faculdade
Ele montava quebra-cabeças
Ela gostava de teatro
Ele cheirava a botecos
Ela queria se casar
Ele se escondia do mundo
Ela tinha papai e mamãe
Ele morava num quitinete
Ela se apaixonou por ele
Ele se masturbava olhando-a de sua janela
Ela morreu em um acidente de carro
Ele montou um brechó
A vida tem dessas coisas...!
(Roniel Oliveira)
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Réquiem ao Metalinguístico
Queria um dia nessa vida ser
Aquele cara, que de poeta chamam
Me embriagar na luz da lua e ter
A dor da ida de alguém que ama.
Escorrer nos punhos o prazer das horas
Por em palavras amantes e fragatas
Constantes sonhos sem vício ou demoras
Beijar o mundo voluteando cartas.
Como quem morre, vive, chora e canta
No sangue corre a trova, o verso, o mantra
Vendaval que sopra e nunca descansa.
E se um dia cansa, vem com o vento então
A alma e inspiração do tal que é poeta
Me venha aqui no peito cada réquiem verso
Que nele 'inda resta.
- Poema (27/01/2009) e desenho (08/03/2007) por Dayane R. Peixoto -
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Onanismo Poético
domingo, 25 de janeiro de 2009
Não queira ser luciferário
Em minhas procissões vitalícias
Sua sina é ser literário
Falar de ingenuidade com malícia.
Não quero parecer leviana
Por só em versos, te amar
Te olhar de maneira profana
E seus poemas desejar.
Dayane R. Peixoto
Em minhas procissões vitalícias
Sua sina é ser literário
Falar de ingenuidade com malícia.
Não quero parecer leviana
Por só em versos, te amar
Te olhar de maneira profana
E seus poemas desejar.
Dayane R. Peixoto
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Esquecimento
sábado, 24 de janeiro de 2009
Eu aprendi a não existir.
Em meu obscuro recanto,
Porão de ilusões superadas,
Convivo com espíritos expulsos
Por pessoas que me amaram no passado.
Meu leito é gélido como a morte.
Nele repousam almas mortas pelo tempo:
Crianças indefesas e menestréis românticos
Que tombaram de sede no deserto dos sonhos
E cujos gritos não ecoam no vazio.
Relampejos me fazem renascer.
Como um hospede imprudente,
Indigente em salão de nobres festejos,
Permaneço estático no portal do nada.
Eu não tenho mais nome ou face;
Uma mascara de ferro oculta meus olhos.
Eu moro no esquecimento.
Alimento-me de tristezas e noites sem lua.
E se assim permaneço, estátua de pedra e dor,
Foi porque eu mesmo abri as portas de minha casa;
Moradia essa que eu mesmo construí.
(Roniel Oliveira)
Em meu obscuro recanto,
Porão de ilusões superadas,
Convivo com espíritos expulsos
Por pessoas que me amaram no passado.
Meu leito é gélido como a morte.
Nele repousam almas mortas pelo tempo:
Crianças indefesas e menestréis românticos
Que tombaram de sede no deserto dos sonhos
E cujos gritos não ecoam no vazio.
Relampejos me fazem renascer.
Como um hospede imprudente,
Indigente em salão de nobres festejos,
Permaneço estático no portal do nada.
Eu não tenho mais nome ou face;
Uma mascara de ferro oculta meus olhos.
Eu moro no esquecimento.
Alimento-me de tristezas e noites sem lua.
E se assim permaneço, estátua de pedra e dor,
Foi porque eu mesmo abri as portas de minha casa;
Moradia essa que eu mesmo construí.
(Roniel Oliveira)
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Ver (de) sejos
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Ei poeta,
Você que grita versejos
Transpõe meus desejos
Carnais no papel.
Transforma então
O frio das horas vagas
O calor das horas pagas
Em encontros mais casuais.
Não me seduza
Através de seus versos
Ou poetise os gestos
Que não falam de amor - dor.
Me venha em doses mais mansas
Lentas e profundas
Mas não dentro das imundas
Garrafas de suas boemias.
Se o faz,
Em prazeres me deleito
Com a tequila me deito
E d(esperto) com o ébrio 'voyer'.
(Dayane Peixoto)
Você que grita versejos
Transpõe meus desejos
Carnais no papel.
Transforma então
O frio das horas vagas
O calor das horas pagas
Em encontros mais casuais.
Não me seduza
Através de seus versos
Ou poetise os gestos
Que não falam de amor - dor.
Me venha em doses mais mansas
Lentas e profundas
Mas não dentro das imundas
Garrafas de suas boemias.
Se o faz,
Em prazeres me deleito
Com a tequila me deito
E d(esperto) com o ébrio 'voyer'.
(Dayane Peixoto)
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