Versejando oceanos
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Paciência
segunda-feira, 11 de julho de 2011
ANEL
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Cerca de 1700 estudantes se reuniram entre os dias 23 e 26 de junho em Seropédica (RJ) para o I Congresso da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre, fundada há exatos dois anos. Contrastando com a imagem de alienação e descompromisso que boa parte das pessoas tem da juventude no país, foram 4 dias de intensas discussões políticas sobre os principais problemas dos estudantes e da sociedade em geral.
O congresso contou com a participação de estudantes de 23 estados e importantes entidades como o ANDES e os DCE’s (Diretório Central dos Estudantes) da UFRJ, UFRR, UFRS, UEC, entre outras. Entre os delegados, muitos ativistas LGBT’s, refletindo o destaque dado pela ANEL no último período na luta contra a homofobia. Marcaram presença ainda organizações como o MTL, MTST e o MST, selando a unidade dos estudantes e o movimento popular.
Os bombeiros do Rio de Janeiro também enviaram um representante para saudar o evento. O cabo Benevuto Daciolo, principal dirigente da greve dos bombeiros na cidade, agradeceu a solidariedade ativa prestada pela ANEL na campanha pela libertação dos grevistas presos e durante toda a mobilização da categoria.
O principal saldo do Congresso, porém, é a consolidação de uma entidade nacional dos estudantes, independente dos governos e construída pela base. “Os estudantes que saíram daqui voltaram para casa animados e com a certeza da necessidade de consolidar essa entidade de luta para a juventude brasileira, que seja ao mesmo tempo combativa e realmente democrática”, avalia Clara Saraiva, da Comissão Executiva da entidade.
Contra o PNE e pelos 10% para a educação
O congresso teve mais de 10 mesas temáticas que discutiram assuntos que vão do transporte público à questão ambienta. Os dois eixos principais do congresso, porém, foram a luta contra o novo Plano Nacional de Educação do governo e a reivindicação de que 10% do PIB sejam investidos na educação.
Os delegados aprovaram uma ampla campanha pelos 10% do PIB, com a realização inclusive de um plebiscito sobre o tema, ideia que foi encampada pelo MST. A resolução chama inclusive a própria UNE para participar da campanha.
A campanha seria o principal foco da entidade nesse segundo semestre. No dia 15, uma reunião nacional envolvendo o Andes, a CSP-Conlutas e diversas entidades da educação começou a preparação da campanha e a convocação do plebiscito. A professora Amanda Gurgel, que esteve na reunião, participou de uma das mesas do congresso e defendeu os 10% do PIB já. "O relator do Plano Nacional de Educação chegou a perguntar de onde tirar o dinheiro para aumentar o percentual da educação. É só olhar para onde vai o dinheiro. HOje o governo gasta mais em renúncia fiscal do que em Educação e saúde juntas", criticou a professora do Rio Grande do Norte.
Um dos pontos altos do Congresso ainda foi a participação das delegações internacionais, que trouxeram suas experiências de luta nos outros países. Esteve presente um estudante da Espanha que atuou no movimento 15-M e esteve na praça Puerta del Sol, em Madri. Estiveram presentes ainda um estudante suíço que falou sobre as recentes mobilizações na Europa, um ativista palestino e a jornalista Soraya Misleh, do Comitê de Solidariedade à Palestina, que esteve recentemente na região e permaneceu horas detida por forças israelenses.
Autonomia e independência
Além de firmar a ANEL como entidade alternativa de luta aos estudantes, o congresso ajudou ainda a combater estigmas e ideias lançados por setores que se mantém presos ao governo Federal. Os principais deles: que a entidade seria “sectária” ou mero “braço estudantil” do PSTU. “Depois desse Congresso vimos que não era nada disso”, diziam muitos estudantes independentes ao final do encontro.
“Não sou capacho do governo federal, sou estudante livre da assembléia nacional”, foi a palavra de ordem que marcou esse congresso que pode ser um marco para a historia do movimento estudantil brasileiro.
Fonte: Juventude PSTU/BH
...
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Você apareceu por aqui
Enquanto eu sumia por aí
Você me olhou fundo na alma
Quando eu estava quase cego
Você me deu tudo de seu
Quando eu estava com quase nada
Você me deu a mão
Enquanto eu tateava no escuro
Você disse que eu era diferente
Enquanto todos pareciam ser iguais
Você quis roçar o meu pé
Quando eu andava descalço
Você me deu asas de anjo
Quando eu não conseguia voar
Você me ouviu música
Quando eu não soube cantar
Você me abraçou forte
E eu só quis te enrodilhar
Você me disse “Tudo bem.”
E eu só dizia “Bem, tudo...”
Você quis se prender
Quando eu queria fugir
Você quer escorrer entre os dedos
Quando eu quero agarrar-te com força
Você queria livros
E eu também
Você queria café
E eu também
Você queria incenso
E eu também
Você queria cores
E eu também
Você queria um beijo
E com asas eu tapei seus olhos
Você queria um elo
Eu era o azul e o amarelo
Você encontrou o amor
Eu perdi a razão
Você não quer eu
Eu quero você.(Com toda licença poética - T.C.)
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Penso que não, acho melhor deixar o fluxo seguir como deve ser. Sem ser barreira de rio que corre rápido, sem atrasar o relógio pra chegar a tempo ou marcar compromissos na agenda sempre cheia deles.
Vou sonhando com meu holoplastos...
...é o melhor que posso fazer por agora.
Ouvindo: Ana Cañas - Gira
Olhos de hidromel...
terça-feira, 3 de maio de 2011
à braços...
segunda-feira, 2 de maio de 2011
E se eu disser
quarta-feira, 13 de abril de 2011
sem mais delonga ou tímidos rodeios,
sem nem saber se a confissão te enfara
ou se te apraz o emprego de tais meios?
teu ventre, tuas coxas, tua clara
maneira de sorrir, os lábios cheios
da luz que escorre de uma estrela rara?
sequer adormecer porque me agarro
à imagem que de ti em vão persigo?
Pois eis que o digo, amor. E logo esbarro
em tua ausência - essa lâmina exata
que me penetra e fere e sangra e mata.
Ivan Junqueira
Pássaro Azul
mas eu sou demasiado duro para ele,
e digo, fica aí dentro,
não vou deixar
ninguém ver-te.
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu despejo whisky para cima dele
e inalo fumo de cigarros
e as putas e os empregados de bar
e os funcionários da mercearia
nunca saberão
que ele se encontra
lá dentro.
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado duro para ele,
e digo, fica escondido,
queres arruinar-me?
queres foder-me o
meu trabalho?
queres arruinar
as minhas vendas de livros
na Europa?
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado esperto,
só o deixo sair à noite
por vezes
quando todos estão a dormir.
digo-lhe, eu sei que estás aí,
por isso
não estejas triste.
depois,
coloco-o de volta,
mas ele canta um pouco lá dentro,
não o deixei morrer de todo
e dormimos juntos
assim
com o nosso
pacto secreto
e é bom o suficiente
para fazer um homem chorar,
mas eu não choro,
e tu?
... Será?
terça-feira, 5 de abril de 2011
Ela não sabe...
Pre(in)visível
quarta-feira, 30 de março de 2011
Tem dias que acordo pre(in)visível
E penso que sub-existo
No espaço paralelo
Entre meus beijos e seus desejos...
Tem dias que acordo com um medo enorme!
De ficar trancada por dentro do que penso
De querer falar e achar que você ouviu
Ou viu...
O que era para ficar mesmo invisível
O que era para ficar mesmo submerso
E deixar você saber devagarzinho
Manso, de leve...
...pra que só depois me leve
Dayane R. Peixoto
Dorme dia amanhece noite
Foi o de aumentar a noite
Para conseguir
Enche-la
De sonhos..."
Queria adormecer
Em você hoje.
“Eu, nesta paz
Manhã
Queria ainda
Prolongar a matina
Pra que se tornassem,
Nossos sonhos,
Insones e,
Sendo um,
Acordássemos impunes
Sobre qualquer
Onírica libido.”
Com meia licença poética...
Virgínia Woolf
Thiago Cruz
Chuva Passageira
sexta-feira, 18 de março de 2011
Ele apareceu repentinamente
Assim como os anjos aparecem
Quando fazemos preces no quarto
Ou silenciamos a alma.
Ele veio como quem escreve poemas no ar
Trouxe no bolso abrigo e calma
Tirou todo o peso que levava a mágica
E pôs cores e versos no lugar
Ele se vai como chuva passageira
Que chega mansa, corre e não volta
Mas promete que vem denovo e breve
Promete trazer um abraço que demora?
Dayane R. Peixoto
Tenho um livro...
quarta-feira, 16 de março de 2011
Que ainda não terminei de ler
Que, na verdade
Mal comecei a folhear.
Sobre ele, já ouvi comentários
Já li resenhas
Devem haver estudos
Mas, espero eu mesmo
Escrever seu posfácio
Que faço do meu jeito
Sem saber de mais ninguém.
Esse pequeno e bonito livro
Tem uma capa singela
Colorida em aquarela
Com as cores mais bonitas.
Tem não sei quantas páginas
Cheias de belas citações
Cheias de incansáveis paixões
Cheias de tudo que quero ler.
Tenho medo de um dia
Esse livro se perder
Não sei o que vou fazer
Porque ainda não o terminei.
E interminável parece ser
Como essa vontade de te ver
Porque não sei onde vai terminar.
Esse pequeno e belo livro
Tem um dos prefácios mais bonitos
Tem dois corações aflitos
Batendo forte de saudade.
Por ser simples de se ler
Não tem notas de rodapé
Nem uma explicação sequer
Mas é lindo de morrer.
Não se encontra em livrarias
Sebos, bibliotecas ou afins
Nem mesmo nos mais longínquos confins
No infinito é que se deve achar.
Esse pequeno grande lindo livro
Colorida em aquarela
Tem a capa mais bela
Porque claramente lê-se nela
Como que escrito a luz de vela
Você.
Com o laço verde...
Hoje de manhã
Quando abri o jornal
Vi na manchete do dia
Que viria me ver.
Já trouxe um mundo
Dentro do livro
Já trouxe sorrisos
No cantinho dos lábios...
Traz dessa vez uma caixinha
Uma bem pequenininha
Coloca nela uma flor de lótus
E um beijinho com gosto de fruta
Faz um laço verde bonito
Escreve a dedicatória no ar
Assim que eu te encontrar
Que é pra ficar pra sempre em mim
Cada lembrança linda
Que você sabe deixar
Como em todos os outros dias
Que eu sorri ao te encontrar...
Como no dia do teto de nuvens
E no de flores no cabelo
Como no dia de chuva fina
E no de cheiro de incenso
Como no dia de ver um filme
E no dia de garrafas no ceu
Como no dia de tomar café
E no dia do encanto seu...
...e amanhã.
Dayane R. Peixoto
Vou escrever por toda a muralha
terça-feira, 15 de março de 2011
Normal, de todos os sentimentos
E quando algum sentido disser não
Direi sim, pra fazer sentido
Vou levantar meu estandarte da liberdade
E dizer fora ao que é da terra
Pra deixar aflorar meus desejos
E encantos por olhos tão belos
Vou pintar nos muros mais altos
(o seu nome...)
Vou escrever por toda a muralha
A poesia da nossa história
Vou cantar suas melodias
Sem pedir permissão ou ter razão
Quero e vou, só viver cada dia
E alimentar com afinco uma paixão
Paixão louca e avassaladora
Que não tem rumo, beira, eira
Paixão calma e acolhedora
Que em um abraço já me faz dizer...
...vou ficar por mais essa noite.
Dayane R. Peixoto
p.s.: tenho lembranças de um dia agradável... Garrafas do melhor vinho pendiam do teto, contrastavam com sua blusa colorida, dicretamente psicodélica, e os caracóis que giravam e giravam na minha cabeça... Sim, era tudo lindo!
Dia das Mulheres Rock n Roll
quinta-feira, 10 de março de 2011
Viramundo no colo
quarta-feira, 2 de março de 2011
...
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Confesse-me as linhas de tuas páginas
Segrede-me você, como notas de rodapé
Me conte tudo do que mais desejas
Que me faço seu desejo, jogado aos teus pés
Te mato a fome com o sabor do meu querer
Sacio-te a sede com liquidez da minha língua
Te faço carícias insones pra que me digas
Enfim palavras que só podem ser ditas no escuro....
“Sim, sou eu, louco de Quixote!
Mas só a minha loucura não me basta
Quero minha Dulcinéia, doce e casta
E vencer pelo amor os gigantes
Enuviar-me por suas palavras
Velejar por aí ao sabor do seu mar
Mergulhando em teu íntimo como o vento a soprar
Arrancar de nossas correntes todas as travas
Se queres que eu viaje contigo
Convida-me logo, eu aceito
Recostarei todo o meu cansaço em teu peito
Faremos juntos, suavemente, de nosso colo
Colo abrigo.”
(Com toda licença poética)
Cacho, cacho, cachoeira...
Cacho
Cacho
Cachoeira...
Eira
Beira
Sem eira nem beira...
Beira
Eira
Paixão de bobeira...
Bobeira
Poeira que deixa
na estrada
no ceu
estrada estrela
estreia
de um filme tao novo
tao belo
elo
entre azul e amarelo
amor
flor
que cor
tem seu nome?
... verde talvez...
A cor do seu nome
Tristeza que some
Fruta boa que se come
Olhar que mata a fome
Filme que se vê
Paixão que não se crê
Conversa que tem um quê
De saudade de você
Poeira no caminho
Vontade de passarinho
Mas cada um no seu cantinho
E se eu pedir,
Me faz um carinho?
Te fazer um carinho?
Fazer dos meus braços ninho?
Te faço carinho,
Cafuné...
Meu pé no seu pé...
te beijo...
no queixo
Te abraço
No espaço
Viajo pra lua
Viajo na sua
Boca sideral...
De fruta,
de cores
De sonhos,
de amores
De encantos e cantos...
De meus desejos por beijos
De minhas rimas tão pobres
E as vontades tão nobres
Que todo preto e branco
A cor dar
E acorda com vontade de você
E dorme com vontade de você
E quer fazer de você travesseiro
Quer fazer dos seus braços abrigo.
E aí, quer viajar comigo?
Tudo que eu gostaria
Era um dia após dia
Dar-te toda a minha alegria
E seu pé roçar o meu
Sonho de muitas eras
Há muito sei que me esperas
Também espero, deveras
Ser um dia todo seu
Ser de Yoko o seu John
Ser da música o tom
Ser do filé o mignon
Ser da Julieta o Romeu
Viajaremos pra onde?
Pra onde o sol se esconde?
E vamos comer frutas-do-conde?
Posso levar tudo de meu?
Vou mover moinhos de vento...
Levar os ares do mundo pra ti.
Pois quero te fazer perder o ar...
E em sentimentos te enuviar...
Viajaremos pra bem longe...
Longe do mundo comum
Perto, pra dentro de nós...
Viajaremos pra bem longe...
Onde o Sol atrás da Serra esconde,
Onde os raios beijam o horizonte...
Onde a lua beija o mar...
Onde eu sonho te encontrar
E a lua imitar...
Comer fruta-do-conde
Sentar no alto do monte,
Se pode levar tudo seu?
Pode levar seu, ceu, terra e mar...
Eu só quero te levar...
Pra perto dos braços meus...
Te levar...
Te avelã...
Te ver...
Te ler...
Te ter bem pertinho...
...Até encostar meu nariz no seu
E te ver ciclopemente...
...conversas soltas no ceu...
Por
d(ois)evaneios...