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..."O mais importante é aprender a não se perder" p.15. Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas de Robert M. Pirsig

1kg de carne = 15.000 litros de água doce!!!

quarta-feira, 31 de março de 2010



No Brasil, em média, um quilo de carne bovina é responsável por:

• 10 mil metros quadrados de floresta desmatada.
• Consumo de 15 mil litros de água doce limpa.
• Emissão de dióxido de carbono diretamente na atmosfera.
• Emissão de metano na atmosfera.
• Despejo de boro, fósforo, mercúrio, bromo, chumbo, arsênio, cloro entre outros elementos tóxicos provenientes de fertilizantes e defensivos agrícolas, que se infiltram no solo e atingem os lençóis freáticos.
• Descarte de efluentes como sangue, urina, gorduras, vísceras, fezes, ossos e outros, que acabam chegando aos rios e oceanos depois de contaminarem solo e aquíferos subterrâneos.
• Consumo de energia elétrica.
• Consumo de combustíveis fósseis.
• Despejo nomeio ambiente de antibióticos, hormônios, analgésicos, bactericidas, inseticidas, fungicidas, vacinas e outros fármacos, via urina, fezes, sangue e vísceras, que inevitavelmente atingem os lençóis freáticos.
• Liberação de óxido nitroso, cerca de 300 vezes mais prejudicial para a atmosfera do que o CO².
• Pesados encargos para os cofres públicos com tratamentos de saúde decorrentes da contaminação gerada pela pecuária.
• Gastos do poder público com infraestrutura e saneamento necessário para equilibrar os danos causados pela pecuária.
• Custo dos incentivos fiscais e subsídios concedidos pelos governos estaduais e federal para a atividade pecuária.

Tudo isso está presente em cada quilograma de alcatra, maminha, picanha e outros cortes, consumidos aos milhões no menu diário e nos churrascos domingueiros. E nada disso é computado no balcão do açougue.
É importante observar que estes dados relativos à produção de 1kg de carne de boi não são estimativas alarmistas; são constatações alarmantes de estudos científicos e dados oficiais. A criação de suínos, caprinos, bubalinos e ovelinos (ou de outros mamíferos de grande porte) gera inúmeros semelhantes. Ou seja, a produção industrial de carnes é uma das fontes mais importantes de poluição do meio ambiente: exige áreas gigantescas, consome enorme volume de recursos naturais e energéticos, onera sensivelmente os cofres públicos, além de gerar bilhões de toneladas de resíduos tóxicos sólidos, líquidos e gasosos, que contaminam solo, água, ar, plantas, animais e pessoas.
A legislação brasileira é rigorosa em relação à poluição industrial. Porem, não há fiscalização para o setor pecuário: a aplicação das leis ambientais tornaria praticamente inviável a atividade. Se o governo brasileiro retirasse incentivos e subsídios, cobrasse impostos integrais e obrigasse a internalizar os custos energéticos, o uso de recursos naturais e os danos ambientais, cada quilo de alcatra custaria uma pequena fortuna!

“Cada um compartilha da responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humana e de todos os seres vivos.” Carta da Terra


Fonte: Sociedade Vegetariana Brasileira – Departamento de Meio Ambiente
www.sbv.org.br

Obs: Desde que não haja fins lucrativos e seja citada a fonte, são só é permitido como incentivado a divulgação e reprodução, em qualquer meio, de trechos ou da íntegra desta publicação, sem a necessidade de autorização prévia.

Podem os filósofos modificar o mundo?

Quando se reflete, procura-se um distanciamento que isola o homem da atividade, da operosidade, da fenomenologia e dos acontecimentos para que possa observar (theorís = observação) e analisar (ana-lisis = quebra, ruptura, dissolução para resolver). Podem os filósofos modificar o mundo? Seria demasiado exagero considerar que é pretensão dos filósofos modificarem o mundo. Suas idéias, porém, não se lançam ao mundo sem motivo, sem objetivos, sem finalidade. O pensamento se exerce de forma tão presencial entre os homens do mundo que, uma vez acolhidas e adotadas como formas de comportamento, trazem como desencadeamento certa modificação do mundo. Então, o filósofo modifica indiretamente o mundo, pois seu rastro é sua marca impressa sobre as coisas e as pessoas, à medida que suas idéias são recepcionadas, dispersas, divulgadas pelas comunidades a que se destinam. [post teste – para refletir]


Fonte: BITTAR, Eduardo C. B.; ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de Filosofia do Direito. 5ª edição. Editora Atlas. 2007.