Cogite...

..."O mais importante é aprender a não se perder" p.15. Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas de Robert M. Pirsig

Versejando oceanos

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


Entre ventos e sonhos
Entre sóis oceanicos que versejam em seus olhos...
espera um silencio aqui dentro
O vento la fora é forte
E as velas do navio me puxam para esse oceano
Não é preciso equilibrio para navegar
em mares desconhecidos
Se existe algo perdido la no fundo
É preciso só coragem e vontade para mergulhar
E se a chuva vem depois do sol trazendo a magica de um arco-iris
Eu posso descobrir quais os segredos versejam por aqui...
fora ou dentro de mim.

Paciência

segunda-feira, 11 de julho de 2011



Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma

Até quando o corpo pede um pouco mais de alma

A vida não para



Enquanto o tempo acelera e pede pressa

Eu me recuso faço hora vou na valsa

A vida é tão rara



Enquanto todo mundo espera a cura do mal

E a loucura finge que isso tudo é normal

Eu finjo ter paciência



O mundo vai girando cada vez mais veloz

A gente espera do mundo e o mundo espera de nós

Um pouco mais de paciência



Será que é tempo que lhe falta pra perceber

Será que temos esse tempo pra perder

E quem quer saber

A vida é tão rara

(Tão rara)



Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma

Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma

Eu sei, a vida não para

(a vida não para não)



Será que é tempo que lhe falta pra perceber

Será que temos esse tempo pra perder

E quem quer saber

A vida é tão rara

(tão rara)



Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma

Até quando o corpo pede um pouco mais de alma

Eu sei, a vida não para

(a vida não para não... a vida não para)



Lenine

ANEL

sexta-feira, 1 de julho de 2011


I Congresso da entidade arma campanha contra o PNE e pelos 10% do PIB para a educação nesse segundo semestre
Cerca de 1700 estudantes se reuniram entre os dias 23 e 26 de junho em Seropédica (RJ) para o I Congresso da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre, fundada há exatos dois anos. Contrastando com a imagem de alienação e descompromisso que boa parte das pessoas tem da juventude no país, foram 4 dias de intensas discussões políticas sobre os principais problemas dos estudantes e da sociedade em geral.

O congresso contou com a participação de estudantes de 23 estados e importantes entidades como o ANDES e os DCE’s (Diretório Central dos Estudantes) da UFRJ, UFRR, UFRS, UEC, entre outras. Entre os delegados, muitos ativistas LGBT’s, refletindo o destaque dado pela ANEL no último período na luta contra a homofobia. Marcaram presença ainda organizações como o MTL, MTST e o MST, selando a unidade dos estudantes e o movimento popular.

Os bombeiros do Rio de Janeiro também enviaram um representante para saudar o evento. O cabo Benevuto Daciolo, principal dirigente da greve dos bombeiros na cidade, agradeceu a solidariedade ativa prestada pela ANEL na campanha pela libertação dos grevistas presos e durante toda a mobilização da categoria.

O principal saldo do Congresso, porém, é a consolidação de uma entidade nacional dos estudantes, independente dos governos e construída pela base. “Os estudantes que saíram daqui voltaram para casa animados e com a certeza da necessidade de consolidar essa entidade de luta para a juventude brasileira, que seja ao mesmo tempo combativa e realmente democrática”, avalia Clara Saraiva, da Comissão Executiva da entidade.

Contra o PNE e pelos 10% para a educação
O congresso teve mais de 10 mesas temáticas que discutiram assuntos que vão do transporte público à questão ambienta. Os dois eixos principais do congresso, porém, foram a luta contra o novo Plano Nacional de Educação do governo e a reivindicação de que 10% do PIB sejam investidos na educação.

Os delegados aprovaram uma ampla campanha pelos 10% do PIB, com a realização inclusive de um plebiscito sobre o tema, ideia que foi encampada pelo MST. A resolução chama inclusive a própria UNE para participar da campanha.

A campanha seria o principal foco da entidade nesse segundo semestre. No dia 15, uma reunião nacional envolvendo o Andes, a CSP-Conlutas e diversas entidades da educação começou a preparação da campanha e a convocação do plebiscito. A professora Amanda Gurgel, que esteve na reunião, participou de uma das mesas do congresso e defendeu os 10% do PIB já. "O relator do Plano Nacional de Educação chegou a perguntar de onde tirar o dinheiro para aumentar o percentual da educação. É só olhar para onde vai o dinheiro. HOje o governo gasta mais em renúncia fiscal do que em Educação e saúde juntas", criticou a professora do Rio Grande do Norte.


Internacionalismo
Um dos pontos altos do Congresso ainda foi a participação das delegações internacionais, que trouxeram suas experiências de luta nos outros países. Esteve presente um estudante da Espanha que atuou no movimento 15-M e esteve na praça Puerta del Sol, em Madri. Estiveram presentes ainda um estudante suíço que falou sobre as recentes mobilizações na Europa, um ativista palestino e a jornalista Soraya Misleh, do Comitê de Solidariedade à Palestina, que esteve recentemente na região e permaneceu horas detida por forças israelenses.

Autonomia e independência
Além de firmar a ANEL como entidade alternativa de luta aos estudantes, o congresso ajudou ainda a combater estigmas e ideias lançados por setores que se mantém presos ao governo Federal. Os principais deles: que a entidade seria “sectária” ou mero “braço estudantil” do PSTU. “Depois desse Congresso vimos que não era nada disso”, diziam muitos estudantes independentes ao final do encontro.

“Não sou capacho do governo federal, sou estudante livre da assembléia nacional”, foi a palavra de ordem que marcou esse congresso que pode ser um marco para a historia do movimento estudantil brasileiro.

Fonte: Juventude PSTU/BH

...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Você apareceu por aqui

Enquanto eu sumia por aí


Você me olhou fundo na alma

Quando eu estava quase cego


Você me deu tudo de seu

Quando eu estava com quase nada


Você me deu a mão

Enquanto eu tateava no escuro


Você disse que eu era diferente

Enquanto todos pareciam ser iguais


Você quis roçar o meu pé

Quando eu andava descalço


Você me deu asas de anjo

Quando eu não conseguia voar


Você me ouviu música

Quando eu não soube cantar


Você me abraçou forte

E eu só quis te enrodilhar


Você me disse “Tudo bem.”

E eu só dizia “Bem, tudo...”


Você quis se prender

Quando eu queria fugir


Você quer escorrer entre os dedos

Quando eu quero agarrar-te com força


Você queria livros

E eu também


Você queria café

E eu também


Você queria incenso

E eu também


Você queria cores

E eu também


Você queria um beijo

E com asas eu tapei seus olhos


Você queria um elo

Eu era o azul e o amarelo


Você encontrou o amor

Eu perdi a razão


Você não quer eu

Eu quero você.


(Com toda licença poética - T.C.)

quinta-feira, 12 de maio de 2011


Será mesmo que tudo tem que fazer sentido? Tem que ter direção? Rumo e significado?

Penso que não, acho melhor deixar o fluxo seguir como deve ser. Sem ser barreira de rio que corre rápido, sem atrasar o relógio pra chegar a tempo ou marcar compromissos na agenda sempre cheia deles.

Vou sonhando com meu holoplastos...

...é o melhor que posso fazer por agora.


Ouvindo: Ana Cañas - Gira

Olhos de hidromel...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Tens olhos oblíquos e dissimulados...

...coloridos de hidromel...

à braços...

segunda-feira, 2 de maio de 2011


Sentada no cantinho do quarto...
abraço as pernas...
fecho os olhos,
abraço o mundo...
abro os braços,
procurando os seus...

Quero só abraçar seu mundo ao meu.

E se eu disser

quarta-feira, 13 de abril de 2011


E se eu disser que te amo - assim, de cara,
sem mais delonga ou tímidos rodeios,
sem nem saber se a confissão te enfara
ou se te apraz o emprego de tais meios?

E se eu disser que sonho com teus seios,
teu ventre, tuas coxas, tua clara
maneira de sorrir, os lábios cheios
da luz que escorre de uma estrela rara?

E se eu disser que à noite não consigo
sequer adormecer porque me agarro
à imagem que de ti em vão persigo?

Pois eis que o digo, amor. E logo esbarro
em tua ausência - essa lâmina exata
que me penetra e fere e sangra e mata.

Ivan Junqueira

Pássaro Azul

há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado duro para ele,
e digo, fica aí dentro,
não vou deixar
ninguém ver-te.
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu despejo whisky para cima dele
e inalo fumo de cigarros
e as putas e os empregados de bar
e os funcionários da mercearia
nunca saberão
que ele se encontra
lá dentro.
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado duro para ele,
e digo, fica escondido,
queres arruinar-me?
queres foder-me o
meu trabalho?
queres arruinar
as minhas vendas de livros
na Europa?
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado esperto,
só o deixo sair à noite
por vezes
quando todos estão a dormir.
digo-lhe, eu sei que estás aí,
por isso
não estejas triste.
depois,
coloco-o de volta,
mas ele canta um pouco lá dentro,
não o deixei morrer de todo
e dormimos juntos
assim
com o nosso
pacto secreto
e é bom o suficiente
para fazer um homem chorar,
mas eu não choro,
e tu?

Charles Bukowski

... Será?

terça-feira, 5 de abril de 2011

Acho que eu só queria mesmo era saber... Se o que eu penso sobre essas nuances de cores é o que pensa(s) também...



Ela não sabe...



Deveras ela não sabe como dizer.
Não sabe se expressar...
Não sabe se guarda as mãos nos bolsos ou se segura as mãos dele.
Ela quer perguntar, quer saber, quer gritar, quer dizer, quer abraçar e dormir ao lado...
Ela carrega nos braços essa paixão imensa e no coração uma dúvida...
E por quê não perguntar?
Ela não sabe...
Ela sabe...
Que gosta, que enrosca, que poetisa, que memoriza
Que estiliza tudo em volta quando ele está perto.
Mas se ele vai, ela se esvai e derrete num toque de pálpebras.

Pre(in)visível

quarta-feira, 30 de março de 2011


Tem dias que acordo pre(in)visível
E penso que sub-existo
No espaço paralelo
Entre meus beijos e seus desejos...

Tem dias que acordo com um medo enorme!
De ficar trancada por dentro do que penso
De querer falar e achar que você ouviu
Ou viu...

O que era para ficar mesmo invisível
O que era para ficar mesmo submerso
E deixar você saber devagarzinho
Manso, de leve...

...pra que só depois me leve

Dayane R. Peixoto

Dorme dia amanhece noite

“O meu maior desejo sempre

Foi o de aumentar a noite

Para conseguir

Enche-la

De sonhos..."

Queria adormecer

Em você hoje.

“Eu, nesta paz

Manhã

Queria ainda

Prolongar a matina

Pra que se tornassem,

Nossos sonhos,

Insones e,

Sendo um,

Acordássemos impunes

Sobre qualquer

Onírica libido.”


Com meia licença poética...

Virgínia Woolf

Thiago Cruz

Chuva Passageira

sexta-feira, 18 de março de 2011


Ele apareceu repentinamente
Assim como os anjos aparecem
Quando fazemos preces no quarto
Ou silenciamos a alma.

Ele veio como quem escreve poemas no ar
Trouxe no bolso abrigo e calma
Tirou todo o peso que levava a mágica
E pôs cores e versos no lugar

Ele se vai como chuva passageira
Que chega mansa, corre e não volta
Mas promete que vem denovo e breve
Promete trazer um abraço que demora?

Dayane R. Peixoto

Tenho um livro...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Tenho um livro em casa

Que ainda não terminei de ler

Que, na verdade

Mal comecei a folhear.

Sobre ele, já ouvi comentários

Já li resenhas

Devem haver estudos

Mas, espero eu mesmo

Escrever seu posfácio

Que faço do meu jeito

Sem saber de mais ninguém.

Esse pequeno e bonito livro

Tem uma capa singela

Colorida em aquarela

Com as cores mais bonitas.

Tem não sei quantas páginas

Cheias de belas citações

Cheias de incansáveis paixões

Cheias de tudo que quero ler.

Tenho medo de um dia

Esse livro se perder

Não sei o que vou fazer

Porque ainda não o terminei.

E interminável parece ser

Como essa vontade de te ver

Porque não sei onde vai terminar.

Esse pequeno e belo livro

Tem um dos prefácios mais bonitos

Tem dois corações aflitos

Batendo forte de saudade.

Por ser simples de se ler

Não tem notas de rodapé

Nem uma explicação sequer

Mas é lindo de morrer.

Não se encontra em livrarias

Sebos, bibliotecas ou afins

Nem mesmo nos mais longínquos confins

No infinito é que se deve achar.

Esse pequeno grande lindo livro

Colorida em aquarela

Tem a capa mais bela

Porque claramente lê-se nela

Como que escrito a luz de vela

Você.


Thiago Cruz(Com toda licença poética)

Com o laço verde...


Hoje de manhã
Quando abri o jornal
Vi na manchete do dia
Que viria me ver.

Já trouxe um mundo
Dentro do livro
Já trouxe sorrisos
No cantinho dos lábios...

Traz dessa vez uma caixinha
Uma bem pequenininha
Coloca nela uma flor de lótus
E um beijinho com gosto de fruta

Faz um laço verde bonito
Escreve a dedicatória no ar
Assim que eu te encontrar
Que é pra ficar pra sempre em mim

Cada lembrança linda
Que você sabe deixar
Como em todos os outros dias
Que eu sorri ao te encontrar...

Como no dia do teto de nuvens
E no de flores no cabelo
Como no dia de chuva fina
E no de cheiro de incenso

Como no dia de ver um filme
E no dia de garrafas no ceu
Como no dia de tomar café
E no dia do encanto seu...

...e amanhã.

Dayane R. Peixoto

Vou escrever por toda a muralha

terça-feira, 15 de março de 2011

Vou rebelar-me contra a ordem
Normal, de todos os sentimentos
E quando algum sentido disser não
Direi sim, pra fazer sentido

Vou levantar meu estandarte da liberdade
E dizer fora ao que é da terra
Pra deixar aflorar meus desejos
E encantos por olhos tão belos

Vou pintar nos muros mais altos
(o seu nome...)
Vou escrever por toda a muralha
A poesia da nossa história

Vou cantar suas melodias
Sem pedir permissão ou ter razão
Quero e vou, só viver cada dia
E alimentar com afinco uma paixão

Paixão louca e avassaladora
Que não tem rumo, beira, eira
Paixão calma e acolhedora
Que em um abraço já me faz dizer...

...vou ficar por mais essa noite.

Dayane R. Peixoto

p.s.: tenho lembranças de um dia agradável... Garrafas do melhor vinho pendiam do teto, contrastavam com sua blusa colorida, dicretamente psicodélica, e os caracóis que giravam e giravam na minha cabeça... Sim, era tudo lindo!

Viramundo no colo

quarta-feira, 2 de março de 2011

Ela estava sentada ali no Café do Cine Belas Artes, com o Viramundo no colo, olhos lânguidos depois de um dia de trabalho, olhava a chuva que caia fina, quase imperceptível ao toque. Pediu um café expresso, do mais forte e denso que achou naquele cardápio de capa amarelada. Leu, releu, se distraiu com as pessoas que passavam ao lado. Se distraiu tanto que nem percebeu que ele estava ali, parado do seu lado. No peito carregava o quarteto de Liverpool, no pensamento carregava livros, fórmulas mágicas e canções, das mais belas que existem. Olhares, abraços e energias pairando no ar, sentaram e conversaram. Sobre o dia, sobre a vida, sobre as vidas ali sentadas e suas peculiaridades, sobre detalhes, limites e a falta deles, sobre a cor dos cabelos e como ela gostava dos cabelos cacheados. Ele não entendia, e talvez nunca vai entender, mas ela o admirava de uma maneira única e completa... E essas coisas nem sempre precisam ser entendidas... Passearam por mundos, pelo Japão, China, e a Alemanha de Hitler. Horas agradáveis, só pela companhia... Na tela, um filme cult. Ela recostou a cabeça em seus ombros, os cabelos caiam como cachoeira do alto de uma serra... As mãos dele passeavam como se mergulhassem e retornassem à superfície... Carinho e um beijo na testa, ela sorriu, mas não viu se ele retribuía o sorriso. Seus olhos estavam fechados, e lá no fundo o pensamento falava baixinho com ela mesma: Não vou abrir os olhos, não quero acordar... Não agora. E tinham os momentos em que não era necessário palavras, ou gestos, ou qualquer demonstração de presença viva. O silêncio e o caminhar lado a lado eram suficientes pra deixar no ar sentimento de cumplicidade e tranquilidade. Ela estava feliz, pisando em nuvens e cantarolando baixinho algumas músicas aleatórias que lhe surgiam na cabeça... Coisas que fazem as pessoas em estado de felicidade. O dia foi pra sempre, mas acabou cedo, com direito a uma boa noite de sonhos... Onde ela estava sentada ali no Café do Cine Belas Artes, com o Viramundo no colo e um anjo em seus pensamentos... Cantarolando baixinho...

...

sábado, 26 de fevereiro de 2011


Confesse-me as linhas de tuas páginas

Segrede-me você, como notas de rodapé

Me conte tudo do que mais desejas

Que me faço seu desejo, jogado aos teus pés


Te mato a fome com o sabor do meu querer

Sacio-te a sede com liquidez da minha língua

Te faço carícias insones pra que me digas

Enfim palavras que só podem ser ditas no escuro.


(Com toda licença poética)

...

“Sim, sou eu, louco de Quixote!

Mas só a minha loucura não me basta

Quero minha Dulcinéia, doce e casta

E vencer pelo amor os gigantes

Enuviar-me por suas palavras

Velejar por aí ao sabor do seu mar

Mergulhando em teu íntimo como o vento a soprar

Arrancar de nossas correntes todas as travas

Se queres que eu viaje contigo

Convida-me logo, eu aceito

Recostarei todo o meu cansaço em teu peito

Faremos juntos, suavemente, de nosso colo

Colo abrigo.”


Thiago Cruz


(Com toda licença poética)

Cacho, cacho, cachoeira...

Cacho
Cacho
Cachoeira...
eira...
beira mar também faz sonhos...
sonhos de doce de leite
de chocolate
e nuvem doce...

Cacho

Cacho

Cachoeira...

Eira

Beira

Sem eira nem beira...

Beira

Eira

Paixão de bobeira...


Bobeira

Poeira que deixa

na estrada

no ceu

estrada estrela

estreia

de um filme tao novo

tao belo

elo

entre azul e amarelo

amor

flor

que cor

tem seu nome?

... verde talvez...


A cor do seu nome

Tristeza que some

Fruta boa que se come

Olhar que mata a fome

Filme que se vê

Paixão que não se crê

Conversa que tem um quê

De saudade de você

Poeira no caminho

Vontade de passarinho

Mas cada um no seu cantinho

E se eu pedir,

Me faz um carinho?


Te fazer um carinho?

Fazer dos meus braços ninho?

Te faço carinho,

Cafuné...

Meu pé no seu pé...

te beijo...

no queixo

Te abraço

No espaço

Viajo pra lua

Viajo na sua

Boca sideral...

De fruta,

de cores

De sonhos,

de amores

De encantos e cantos...

De meus desejos por beijos

De minhas rimas tão pobres

E as vontades tão nobres

Que todo preto e branco

A cor dar

E acorda com vontade de você

E dorme com vontade de você

E quer fazer de você travesseiro

Quer fazer dos seus braços abrigo.

E aí, quer viajar comigo?


Tudo que eu gostaria

Era um dia após dia

Dar-te toda a minha alegria

E seu pé roçar o meu

Sonho de muitas eras

Há muito sei que me esperas

Também espero, deveras

Ser um dia todo seu

Ser de Yoko o seu John

Ser da música o tom

Ser do filé o mignon

Ser da Julieta o Romeu

Viajaremos pra onde?

Pra onde o sol se esconde?

E vamos comer frutas-do-conde?

Posso levar tudo de meu?


Vou mover moinhos de vento...

Levar os ares do mundo pra ti.

Pois quero te fazer perder o ar...

E em sentimentos te enuviar...

Viajaremos pra bem longe...

Longe do mundo comum

Perto, pra dentro de nós...

Viajaremos pra bem longe...

Onde o Sol atrás da Serra esconde,

Onde os raios beijam o horizonte...

Onde a lua beija o mar...

Onde eu sonho te encontrar

E a lua imitar...

Comer fruta-do-conde

Sentar no alto do monte,

Se pode levar tudo seu?

Pode levar seu, ceu, terra e mar...

Eu só quero te levar...

Pra perto dos braços meus...

Te levar...

Te avelã...

Te ver...

Te ler...

Te ter bem pertinho...

...Até encostar meu nariz no seu

E te ver ciclopemente...


...conversas soltas no ceu...


Por

d(ois)evaneios...