Cogite...

..."O mais importante é aprender a não se perder" p.15. Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas de Robert M. Pirsig

Procura-s(m)e

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Em muitos momentos da vida, apesar do “Genium suun defraudare”, se faz necessário acrescentar LUZ ao que antes emergia em sombra. Como as sábias palavras de um companheiro de devaneios, creio também que somos sabotadores do nosso próprio destino. E seja por isso talvez, que somos também os únicos responsáveis por nossa felicidade. Desde Aristóteles aos tempos modernos da overdose de informação, buscamos incessante e incansavelmente a resposta para aquela perguntinha que nunca se cala no inconsciente de todo ser humano: O que é felicidade? A felicidade é um estado ou um momento? Se é, então é também passageira? Fico pensando se podemos basear o que chamamos de felicidade em fatores externos, como o dinheiro ou todo bem material ligado ao capital, as pessoas que nos circundam e o sentimento que as mesmas nos prestam. Ou seria um “sentimento” ligado ao interior de cada um? Realização pessoal no trabalho, auto estima, enfim... O desejo deve ser ressaltado? Acho que sim, já que sempre que realizamos uma vontade ou saciamos um desejo caímos em êxtase profundo de satisfação, o que consequentemente nos traz alguns segundos felizes. Mas, se cada um encontra a sua própria felicidade em lugares diferentes e por diferentes propósitos... Diga-me... Onde está a minha? Acho que dentro de mim mesma. Basta agora "encontrar-me".

Ouvindo... Black – Pearl Jam

“Não há coisa alguma que persista em todo o Universo. Tudo flui, e tudo só apresenta uma imagem passageira. O próprio tempo passa com um movimento contínuo, como um rio... O que foi antes já não é, o que não tinha sido é, e todo instante é uma coisa nova.” (Metamorfoses de Ovídio – Poeta Romano)

Num desses encontros casuais...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

"Pra que mentir, fingir que terminou..."

"num dia desses, num desses encontros casuais... talvez a gente se encontre, talvez a gente encontre explicação..."
Deus, coloca de volta no meu coração toda luz que ficou perdida no meio do caminho, todo sorriso que se perdeu nos olhares não correspondidos. Me dê paciência, me dê discernimento. Me dê vontade pra que eu siga adiante, me dê coragem pra que eu enfrente todo e qualquer obstáculo. Coloque na minha vida pessoas erradas, pra que eu aprenda com os erros e que esses sejam degraus para minha vitória. Mas por favor, tire as pessoas erradas antes delas deixarem saudade como agora. E se as pessoas que eu julguei erradas, na verdade forem as pessoas certas, e se por algum motivo eu deixei elas irem sem despedida ou abraços... Faça em meu caminho novas encruzilhas, pra que a gente se reencontre e que eu encontre no olhar do outro a sinceridade que eu tanto espero. Amém.

Carta...

domingo, 21 de dezembro de 2008

Esses dias eu acordei e fiquei a imaginar como será nossa reação quando nos encontrarmos pessoalmente... Vai começar com uma insônia, caso o encontro for premeditado. No dia, a ansiedade vai me fazer suar as mãos e disparar tiques nervosos... Vou procurar incansavelmente lugar para guardar minhas mãos inquietas, enrolando minhas "madeixas" até ficarem como as suas... A cada passo que o ponteiro do meu relógio der, mais rápido o compasso do meu cardíaco vai ficar. O tempo vai parar por alguns instantes ou girar anacronicamente até o momento que eu avistar de longe, olhando para os lados à minha procura também. Pensando bem... Acho que vou levar uma garrafa de "matte" e um maço de "black de canela", pra tornar a espera mais agradável e confortável. Primeiro vou olhar para os seus olhos e ver nas suas cores o que melhor encaixaria naquele momento. Um "olá" seria muito simplório diante de um momento tão extremista. Um abraço seria singelo, mas tão simples quanto o "olá". Talvez o impulso faça com que a espontaneidade crie algo mais... Ah! Você entendeu... Ao som de Kashimir... Suas mãos entre minha nuca e as "maças" do meu rosto. feito aliança entre corpos e almas, psicodelia e sintonia... Seus lábios passeando sobre meu rosto até chegarem pertinho do meu ouvido e sussurrarem: "já faz tempo que espero por isso" ou sei lá o que falaria... Sua voz caminharia por meus canais auditivos, viajaria por meus axônios até que meus sensitivos arrepiassem todos os finos fios do meu corpo. Sua voz... Sua voz como deve ser? Inimaginável... Acho que o princípio de tudo seria mais ou menos assim...

Ouvindo: O Teatro mágico...

A partida...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Aborto minhas convicções. Acordo. Abordo “eu te amo” e palavrões. A cor do... olho teu? De ontem em diante serei o que sou no instante agora... Vou acordar. Mas o que é acordar? É a cor dar... pra que não fique tudo preto e branco, assim como você deixou da última vez que aqui me deixou. Espero sentada então. Um telefonema... Espero a hora em vão. Outro dilema. Se vens, vem logo. Que esperar é dor ao quadrado. Mas se não vens, vai logo... Dor ao cubo é essa que já chegou faz tempo. (E foi você quem trouxe, da primeira vez que veio.) Antes tarde do que nunca, pra nunca mais demorar. Me coloca asas e me deixa voar alto... Depois corta devagarzinho e sopra pro outro lado. Dá um “até breve” e não volta mais...

Desce outra dose de “tequila”
Que hoje o sono não vem me ver
Desce outra lagrima tranqüila
Que trazer insônia já é seu prazer.

As cinzas do vicio voam
E na garrafa um sorriso carrego
Lembranças que me sobrevoam
Te ver é verdade, não nego!

Espero então...
A ida
“Sem a dor da partida.”

p.s.: Tio Guh, colocou a Heineken pra gelar? Então vão beber tequila pra ficar alegre...

Ouvindo: The Doors.

Meu computador apagou minha memória...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

É,
me esqueci da luz da cozinha acesa,
de fechar a geladeira.
De limpar os pés,
Me esqueci Jesus!
De anotar os recados
Todas janelas abertas,
onde eu guardei a fé...
em nós
Meu café em pó solúvel
Minha fé deu nó
Minha fé em pó solúvel
É...
meu computador
Apagou minha memória
Meus textos da madrugada
Tudo o que eu já salvei
E o tanto que eu vou salvar
Das conversas sem pressa
Das mais bonitas mentiras
Hoje eu não vivo só...
em paz
Hoje eu vivo em paz sozinho
Muitos passarão
Outros tantos passarinho
Que o teu afeto me afetou é fato
Agora faça me um favor
Um favor...
por favor
A razão é como uma equação
De matemática...
tira a prática
De sermos...
um pouco mais de nós!
Que o teu afeto me afetou é fato
Agora faça me um favor
Um favor...
por favor.

______________________________

Demos todos um salve à alienação em massa...
______________________________


ps: Halloween!!!

Cadê você?

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sumi? Falta de tempo mesmo... Ando pensando... e pensando muito... Sobre a vida, o vestibular, o que vai acabar e o que está por vir... O que vai mudar (tudo muda!). Ando revendo minhas lembranças, dando risada sozinha... Como naquela viagem... me aparece um tal "piercer", encara e pergunta: "ta bebendo absinto moça?" Alargo um sorriso e compartilho cheiros e gostos, simultaneamente, tudo por conta da "fadinha verde"... Eita veneno! A prova do final de semana... Me aparece um senhor desconhecido que passava pela rua e me entrega de graça uma motivação sem tamanho! "Oi! Tudo bem? vai fazer prova agora? Boa sorte, que você se dê muito bem... Tchau ta..." Incrível? sim, pra mim isso faz toda diferença! Assim como cartas... Amo cartas! Escrevo, recebo, guardo... As vezes escrevo, guardo, não mando, releio, penso... E todos os dias como um ritual, visito a caixa de correio. Ultimamente tenho experimentado momentos intensos e constantes de nostalgia... Tem dias que passo a tarde inteira ouvindo Kashimir, te procurando na música afim de que apareça do nada! Paro, leio um pouco, me perco em meio letras, vou pra outro lugar, loooooonge... E de repente to ali, parada olhando pro livro e pensando em você... Tão longe... E ao mesmo tempo tão perto de mim. Sei lá o que dizer, ou escrever aqui. Quero gritar pra todo mundo ouvir, mas não vai te alcançar. Tento então por aqui mesmo, desabafar ouvindo Led e pensando... Talvez um dia não tenha mais vontade de gritar pra todo mundo ouvir...
Mas falar baixinho no seu ouvido: Que bom te ter aqui...
"Meu amor cadê você? Eu acordei, não tem ninguém ao lado..." (Adriana Calcanhoto)

"Verbo saudade" ?!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Essa semana me mostraram e demonstraram o significado e sentido de muitas coisas que não faziam parte do meu mundinho platônico (por vezes trágico e cômico). Seja através da filosofia, seja em um olhar ou palavras de um tal pernóstico da minha vida, não há ninguém que tenha me provado (e comprovado) que Saudade possa ter explicação e significado palpável. Que merda é essa que inunda minha cabeça e aperta meu coração? Nada de versinhos... Saudade é coisa séria que causa dor e tragédia... Que acalenta, mas que desgasta amores e compromissos (ou até a falta deles). Saudade é assim... ?! Metade de mim agora é assim... Uma face é poesia, "verbo saudade" a outra é a força de chegar até o fim. Como me diria um tal Anitelli, o fim é incerto, pode ser belo, mas depende de mim. Elis (salve!) me diria outras palavras a respeito do que estou sentindo... : Não se trata de saudade de alguma coisa que acabou ou pessoa que morreu. É saudade do que está aí vivo, solto e nunca deixou de existir. Se não temos acesso a isso, é por falta de uma batalha maior. Esse sentimento me acusa, me prende e me traz um balde de arrependimento. Isso sim! Drumond chamaria de auto-acusação.
Senhor, se é impossível viver com tanta saudade... Não me leve mais ninguém, a não ser minha memória.
Amém.
ps: Ouvindo... Réquien à uma flor e me nostalgiando com chocolate amargo.

Sem título

domingo, 17 de agosto de 2008

To meio confusa... Voce sumiu do nada... Espero que esteja bem... Sabe, tenho saudade...
Essa semana foi bem estranha pra mim... Muitos reencontros... E um desencontro né? Mas isso é "normal"... A rotina nos obriga a ser assim... Indiferente, as vezes ausente... Não por opçao... Mas por uma questão de escolha imposta... Se é que isso existe... Minha cabeça tá girando, doendo... e olha que eu nem bebi hein! rsrs.. Monólogos são sempre chatos... Mas sao redentores... Desabafos... Ontem fiquei com uma frase na cabeça... "aqueles dias tão estranhos, fica a poeira se escondendo pelos cantos." Tem dia que mesmo sendo o outro é assim: como hoje. Não consigo ligar as frases, tudo fica solto flutuando... Não existe poemas ébrios pra dizer que adoro seus olhares, não me embriago na luz da tua lua... É um dia... com cara de luto (pra ser bem exagerada), com cara de mundo... Largado, solto...

Verba vollant, scripta mallent

terça-feira, 15 de julho de 2008

Hoje acordei do avesso, levantei e tentei encarar meus olhos lânguidos o espelho. Os lábios pareciam um par de lâminas; só o desejo de um ósculo outorgado já causava dor. (pra que tanto eufemismo se só desejo dizer, desejo. ?) A pele era branca como cândidas luas de outono. As veias eram "lírios - violeta", o sangue corria célere, como se de um cárcere perpétuo, sem direito à anistia. Não era indiferença à opinião alheia. O que eu sentia era um desatino egocentrico, buscando umas gotinhas de satisfação pra diferenciar o cálice do dia. (Cale-se! Não tens direito a nada! Onde estão seus tinos?). Meus pensamentos me suplicavam, afligiam e cortavam devargazinho meus supracitados desejos. E desassossegadamente dobrei as pálpebras e me imaginei furando a garganta do tempo, voltando os ponteiros e pensando o que faria se pudesse voltar atrás.

...


E aí? O que faria?

_ Faria com rigor, tal qual exatamente foi feito.


"As palavras voam e os ecritos permanecem."

Nessa vida ainda!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Queria um dia nessa vida ter o poder de ler mentes. E não só imaginar o que quis "dizer" aquele olhar ontem, mas ter a certeza de que foi mais que um cerrar de pálpebras. Queria dobrar as horas, quebrar ponteiros que correm rápido demais e eternizar momentos. Queria encurtar distâncias... Entre vidas, entre povos, entre corpos. Queria presenciar um mundo mais justo, socialista talvez, sem pessoas mesquinhas ou qualquer forma de materialismo barato. Queria que os dias (e as noites também) tivessem mais abraços sinceros, mais calor humano (e menos tela fria de computador). Queria mais tardes de Led Zeppelin, mais luas minguantes durante o mês, mais cafeína no chocolate, mais chocolate no seu beijo, mais beijo na minha lembrança. Queria pular de "bung-jump", pular de "pára-pente", pular o muro da sua casa... Queria pelo menos um dia nessa vida visitar "Bangladesh", acampar no alto da serra, tomar vinho em frente à lareira. Queria raspar a cabeça, furar a língua, pintar os cabelos de azul e sair correndo nua, gritando no meio da rua - de preferência no centro da cidade. (Vai dizer que nunca pensou numa loucura dessas, hein? Confessa!) Queria ter alguém 24h do meu lado, queria rever um tal "Dalton Trevisan" que não vejo a muito tempo. Queria voltar no tempo e pedir perdão, abraçar quem os braços não mais me alcançam e dizer: "eu te amo" pela última vez, com o coração desarmado. Queria que todo amor fosse correspondido, ou que no mínimo, inventassem a cura para esse tal "amor platônico". Queria pelo menos um dia nessa vida te falar tudo o que penso, sinto, finjo, minto, busco, vejo, desejo... (_Porquê tá lendo ainda? Cansou não?) Ou melhor, que você percebesse isso sem que eu gastasse nenhum vocábulo inútil. Queria ter as mãos de Hendrix, a voz de Janis, a inspiração de Morrison e uma gotinha de psicodelia do Page. Queria ir ao inferno, ao céu, ou pelo menos colocar na minha cabeça que eles existem. Queria saber ouvir, só por um dia silenciar meus pensamentos. Queria segurar nas mãos de Deus e perguntá-lo sobre os mistérios do mundo. Queria ter nas maõs uma bomba! Queria ter nas mãos uma borboleta e observar cada asa, cada cor, cada "policor", cada traço da pintura. Queria te ter nas mãos e observar cada traço, cada fio de cabelo, cada "pintinha" e depois deixar você voar pra bem longe... Talvez um dia volta...

continua...

...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

"EU QUERIA TER UMA BOMBA..."

Lat omoc é!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Queria escrever o tom certo, na melodia certa pra que meus planos enfim acontecessem como o planejado... Vamos vasculhar meus arquivos até que apareça alguma idéia nova digna de publicação...

"Divisão de tóxicos e entorpecentes...divisão de amor e o que a gente sente."

04/02/2008
Me encontro em meio um labirinto de palavras... Ainda não inventadas, nunca antes pronunciadas, talvez somente imaginadas por uma mente romântica e "psicopatamente" apaixonada. Os muros algébricos vão se erguendo em um rito singular... Nada se organiza ou estabelece ordem de agrupamento. Apenas formam filas de interrogações. Corro por entre as paredes desse labirinto e o que encontro são perguntas já respondidas, mas não assimiladas por um mero desencontro de idéias e espaços paralelos.
"Es sa satrp ad oacpecrep messevitse sapmil, odut es airartsom oa memoh lat omoc é, otinifni."
William Blake...
... E as vezes faço dessa maneira... tento ver as situações por outro ângulo... e são nessas vezes que as respostas chegam até mim.

Devaneio

sábado, 21 de junho de 2008

04/02/2008 >> 11:28 (Kaiser)
Devaneio de pensamentos. Transcendência de hipóteses e sentimentos de impulsos involuntários. Talvez eu não busque explicar o inexplicável. Busque apenas exprimir o inexprimível. Eu sei que você pode ver os meus sentimentos... Eles Têm cor, aroma, sabor e melodia. As vezes parece crepúscilo, outras vezes parece dia nublado. Têem cheiro de vinho tinto, outras vezes de maresia. As vezes imita o admirável Morrison e outras tantas vezes se resume à Tom Jobim. Cocaína, cafeína, coca-cola... Tudo isso misturado à uma insubstituível trufa belga... Sigo e busco os extremos. O dia e a noite. O doce e o amargo. Busco uma só pessoa ou uma saída para não mais buscá-la.


Hoje enfim, o FIM.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

1) Grandes idéias nascem de utopias.


2) Utopias podem ser grandes idéias.


3) Utopias mudam o mundo.


4) Sim, eu sou utópico.

Ismália
Alphonsus de Guimaraens


Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Sem muito o que dizer hoje...
... só o que pensar...

Janis pra embalar...

terça-feira, 17 de junho de 2008


Hum... Um sentimento diferente de todos os que já senti ou imaginei sentir um dia... Tão psicodelico, tão surreal, puro e sem pudores ou regras... Mas completamente fora de todos os meus padrões ou métodos estabelecidos... Sem o que definir ou pre-estabelecer... Daqui por diante um horizonte novo... Não vou esquecer tudo o que passei e as experiencias que tive... Mas vou expandir meus olhares... E como estou expandindo... Tudo novo.... Experimentar é necessario... Então... Vamos la...

E Janis pra embalar...

Só para loucos...

sábado, 31 de maio de 2008

Meus dias se empilham caleidoscopicamente. Os mesmos rostos, os mesmos olhares, desenham diante de mim diferentes histórias. reescrevem minha passagem sob o sagrado e o profano. Eis aqui mais um clichê dito surreal e indefinido. O que é o tempo se pulsamos anacronicamente? Perdemos a noção de espaço e mergulhamos no vácuo. faria todo o sentido... Se tudo isso não passasse da perda desses sentidos. Do sentimento; Exarcebado ao ver o embaçar da respiração na bolha de vidro...

Me entende?


Entende agora como estou me sentindo?



Níveis de loucura...

Nível 1

Este nível produz um leve efeito entorpecente, com algumas mudanças no campo visual (como cores mais brilhantes, vivas). Algumas anomalias na memória a curto prazo podem ser percebidas. A comunicação entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro é alterada, fazendo a música soar mais "extensa".


Nível 2

Cores vivas e efeitos visuais (as coisas começam a se mexer e a "respirar"). Alguns padrões visuais em 2D ficam aparentes quando os olhos estão fechados. Pensamento confuso, reminiscênte, rápido. A mudança da memória a curto prazo leva à distrações com os efeitos visuais em 2D. Um grande aumento da criatividade se torna aparente tão logo que o "filtro natural" do cérebro é ultrapassado.


Nível 3

Efeitos visuais bastante óbvios, com objetos dando a impressão de que são curvos. Alguns padrões visuais e efeitos de caleidoscópio podem ser observados em paredes e rostos de outros. Algumas alucinações medianas, como um "rio flutuando no carpete" ou superfícies aperoladas. Alucinações de olhos fechados se tornam tri-dimensionais. Confusão nos sentidos é notada ("ver" sons como cores, etc.). Distorções no tempo e "momentos de eternidade".


Nível 4

Fortes alucinações, como objetos se transformando e morfando em outros objetos. Destruição ou ruptura do ego ("coisas" começam a conversar e sentimentos contraditórios são sentidos). Perda parcial da realidade. O tempo se torna sem significado. Experiências fora do corpo e mistura completa dos sentidos.


Nível 5

Total perda da conexão visual com a realidade. Os sentidos param de funcionar na maneira usual. Total morte do ego. O ser se fundi, almaga com o espaço, objetos ou com o universo. A perda da realidade se torna tão severa que explicações não são mais necessárias. Os outros níveis são relativamente fáceis de se explicar em termos quantitativos na mudança de percepção e padrões de pensamentos. Este nível é tão diferente dos demais que o universo no qual as coisas são normalmente percebidas não mais existe. Iluminação Satorini, Nirvana ou outros rótulos.

À Zeppelin...

domingo, 2 de março de 2008

...
Acordei e sentei no chão da sala. encostei nos pés da cama, abri a bolsa, peguei um cigarro e fiquei observando-o. Olhei para fora da janela e vi a chuva caindo lenta e melancólica, como se também quisesse estar ao lado de alguém distante... Eu vi a chuva, ainda que meu desejo fosse ver o mar de maõs dadas com a lua. Peguei o isqueiro na cabeceira da cama e acendi meu cigarro. O ofuscar das chamas tremia. Não porquê minha mão também o fazia, mas porque o vento fazia sua visita rotineira, trazendo lembranças, música lenta e cheiro de solidão. sabe como é... Aquele cheiro de vinho tinto misturado com maresia. Ao mesmo tempo doce e salubre, quente e frio, bom e ruim. Me causava sensação de dèjàvú, escorrendo lá de cima um arrepio na espinha. E nada mais...

"Led Zeppelin - Kashmir *Deixe o sol bater no meu rosto, [e] estrelas preencherem meus sonhos. Sou um viajante de ambos, tempo e espaço. Para estar onde eu estive."


...à um cais

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008


Na minha cabeça, era como se minhas mãos entrelaçassem com as suas em um ato de carinho e possessão. A verdade é que as mãos estavam distantes, o que me levava até você eram seus olhos... Eu podia ve-los entrando dentro de mim... Um silêncio iniciava e uma nuvem de sentimentos não identificados fazia aumentar o meu desejo de aproximação. Seus olhos tinham vida própria. Mas o que eu via não eram seus olhos. Eu via o Sol com cores de entardecer. Ao fundo uma espiral de verde oceânico. A menina dos seus olhos não era o meu reflexo, mas a lua no apogeu do seu eclipse com o Sol. O silêncio era repentino, seguido de um olhar rápido que precedia a união dos seus lábios no meu. Das pontas do fio domeu cabelo à ponta do meu calcanhar eu sentia gosto de absinto com chocolate. Me invadia uma mescla de prazer e eternidade, amor e pecado, vonatde e vontade de estar ali com seus sóis oceânicos durante todo o instante inacabável.