Cogite...

..."O mais importante é aprender a não se perder" p.15. Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas de Robert M. Pirsig

Sobre pessoas, manias e escolhas.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014


Muitas pessoas não sentam de costas para a rua, outras sustentam a mania de apoiarem o cotovelo esquerdo sobre a mesa, enquanto seguram um hollywood com o indicador e o dedão direito, precisamente, com a brasa em direção ao coração. Algumas passam máquina zero no cabelo, outras o deixam crescer até tocarem a cintura. Alguns ainda passam máquina zero em 1/3 da cabeleira e ao mesmo tempo deixam os fios policromáticos crescerem até a estação seguinte, sendo que a cada dia 21 do calendário, data em que se comemora um Sabath pagão, corta-se um palmo dos fios vermelhos e os oferece aos deuses. Muitas pessoas gostam de tatuagem, algumas fazem desenhos orientais, fauna e flora de cores bonitas e clichês. Já vi um rapaz, aquele que sempre bebe no bar da esquina... Nunca conversamos, mas tenho vontade de perguntá-lo por qual motivo tatuou formigas subindo no braço. Já vi um rapaz, boêmio de um bairro tradicional, esse escolheu se inspirar em um xenomorphs e Giger, tenho vontade de perguntá-lo por qual motivo escolheu viver de literatura. Acho que no fundo da caixa de pandora, quem não senta de costas pra rua só queria um abraço, o cara das formigas queria ser confeiteiro ao invés de engenheiro civil, e o fã de Alien só queria ter sido astronauta.

Caos

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O sentimento quando entra no coração dos homens os transformam em híbridos anjos caídos do céu. Deus, quando fez o céu e a terra segundo a mitologia dos próprios homens, colocou dentro de cada um uma pequenina esfera do caos, para que alimentassem sua matilha e trouxessem ao mundo novas nuances de luxúria.

Caos, incômodo, tempestade, turbilhão, desacerto, melancolia, incerteza, dúvida, distância, inconveniente, perturbante, embaraçoso, aborrecimento, indisposição, ausência, intenso, extremo, esparso, superficial, tormenta, abismo, irregular.

Lembrete: Colocar para fora o que não faz bem.

“O que diziam os poemas?”

Nota pra rodar os pés enquanto se pensa.
Eu queria ter nas mãos um manual, ao invés de bombas.
Não sei lidar com falta de sorrisos ou com tristeza que não seja a minha. 
Eu absorvo energia e não sei colocar tantos sonhos dentro de um abraço.
Atraímos o que vibramos e vibramos o que está sempre por perto.
É a arte da empatia, por um mundo mais melancólico. Não que isso seja ruim.

“O que diziam os poemas?”

Literamor

quarta-feira, 12 de novembro de 2014


Ler aos meus ouvidos um poema
É como me despir no escuro
Mil vezes eu te leria
E mais mil se preciso fosse

D.R.

Minha primeira vez na maioridade do Congresso Internacional de Direito Tributário - I


O XVIII Congresso Internacional de Direito Tributário em homenagem ao Ministro João Otávio de Noronha foi mais uma iniciativa da ABRADT (Associação Brasileira de Direito Tributário). Dezoito anos de história, mais de 9 mil congressistas, 200 grandes temas, 900 conferencistas. Muitos foram os marcos ao longe desses anos, elencando tal Congresso como uma referência internacional em Direito Tributário. Foi o meu primeiro, mas tenho certeza que marcou o início de uma grande paixão por essa área do Direito a quem eu antes não carregava muitos amores.
O Congresso teve como tema norteador: Concorrência, Globalização e Governança Tributária. No dia 05 de novembro de 2014 o Professor Sacha Calmon abriu a sessão de palestras de forma brilhante, falando sobre tributação e macroeconomia no Brasil. Diante de uma citação “O mundo existe à medida do homem na terra”, explanou sobre a idéia de homem-tese e naturesa-antítese, traçando um paralelo para que se buscasse a percepção de que, o Direito é braço normativo político, criado pelo homem e para o homem. Tributação e desigualdade social sempre andaram lado a lado. Muitos grandes escritores foram mencionados e suas opiniões discutidas no que diz respeito a uma ordem social justa e democrática. Os irmãos capitalismo e socialismo sempre viveram do apocalipse ao conto de fadas. Como o próprio Marx afirma, o crescimento, o progresso tecnológico, a competitividade e o aumento da produtividade pode diminuir a igualdade. O problema principal se encontra na má distribuição de renda.

No mesmo viés de pensamento, a professora Misabel Derzi expôs sua tese sobre tributação e desigualdade social – o sistema tributário brasileiro à luz da teoria de Piketty. O autor em sua obra é contra a economia moldada em números, a chamada economia política. Para ele, tributo e economia perspassam pelo humanismo. É preciso ter em mente a importância de se ter essa visão ao lidar com conceitos econômicos e tributários. O capital é sempre toda a riqueza que gera renda, tudo que pode ser cumulado, já a renda pode ser entendida como fluxo. Em todo o mundo, tem-se observado grande cumulação, o que gera também o aumentando a participação da renda / capital nacional. Investimento econômico tem relação direta com a taxa de poupança. A idéia de “tornar os ricos mais ricos não torna os pobres mais pobres.” A decisão de investimento, cabe apenas ao investidor. A taxa de retorno do capital fica sempre nos países mais ricos e não no país onde não se proporciona um bom retorno desse investimento. Muitos pontos importante no crescimento moderno evitaram o apocalipse de Marx, como a difusão o conhecimento, o aumento da produtividade e a distribuição de bens através da sucessão. A idéia seria então aumentar as alíquotas marginais (não o tributo da classe média), para modernizar a idéia de imposto progressivo sobre a renda e o imposto global sobre capital – tributo internacional sobre o ganho de capital (multimilionários). É preciso uma reforma tributária nacional, para que a tributação seja mais um instrumento de nivelamento social e não de má distribuição de renda e intensificador da desigualdade. 
Eu digo não ao Comodismo Nacional Orquestrado Politicamente, e você?

Representando BH, Wilson Sideral tocando o Hino Nacional.

Dayane Rufino




Feche os olhos...

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

[...]
Tenho a impressão
que já disse tudo.
E tudo foi tão de repente.

Titio Leminski refletinho sobre a minha vida amorosa.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Ele tem olhos de hidromel
Demasiadamente extasiantes
Ela, mãos languidas
Exageradamente calmas