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..."O mais importante é aprender a não se perder" p.15. Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas de Robert M. Pirsig

Hoje => abolindo poemas...

quarta-feira, 18 de março de 2009


Hoje resolvi abolir poemas... Deixa-los soltos por ai para que sejam proferidos por outras bocas insanas. Hoje resolvi falar do dia, da noite e de todas as overdoses de pensamentos desconexos. Sabe, ando pensando, e pensando enquanto me deito pra dormir também. Existem pessoas tão distantes de mim, mas ao mesmo tempo tão e tão próximas que sou capaz de fechar os olhos, esticar os braços e agarra-las com um abraço. Tudo seria possível se não fosse a tela fria dessa minha máquina de fazer sonhos. Começo contando-lhes sobre uma idéia maluca que tive há alguns meses atrás... Fui ao edifício maleta e deixei em um sebo um livro de poesias com uma carta minha dentro. Na carta um e-mail e a esperança de uma possível resposta, caso alguém pegasse aquele livro... E eis que recebo o primeiro contato... e outros. Hoje se inclui na minha rotina abrir minha caixa de entrada todos os dias para conferir se recebi desse tal admirador de versos mais um poema dizendo assim... “Quero escrever-te até encontraronde segregas tanto sentimento. Pensas em mim, teu meio-riso secreto atravessa mar e montanha” (poema do e-mail de hoje). Outra parte do meu dia eu separo para visitar um blog curioso. Realmente um diário virtual de um “veg solitário”, mas adorável e tão poético como Baudelaire e suas garrafas de gim. Abro então aquele site de relacionamentos que tomou conta do mundo e me vejo a procurar por um recado de um cara fã de Iron com o qual nunca conversei, mas que de todos, deixou um charme e aquela vontade de... será que falarei com ele um dia? Já a bailarina-urbana, eu uso como entorpecente, para que eu saiba dançar e maquiar os problemas durante o meu dia. O tal Voyer, desapareceu, sem deixar rastros, mas deixou poeira pelos cantos da minha lembrança. O poeta... ah! O poeta é incrível, apesar de sofrer com as minhas constantes ondulações de humor, eu vivo à espera da atualização dos nossos sonhos conjuntos. Enfim, apesar de tudo, a poesia prevalece e é preciso sonhar para que um dia ao abrir os olhos eu saiba que o sonho era real e que tudo acontece ao quebrar de um ponteiro. No mais, poesia pra ti:

"Senhor
faz de mim
um instrumento
da tua música.

onde há silencio
que eu leve o si.
onde a dor
que eu leve o dó.

onde há uma lágrima
que eu leve o lá.
e onde há trevas
que eu leve o sol."
(Carlos Rodrigues Brandão)
p.s.: Ouvindo: "O hierofante" - Secos e Molhados

2 comentários:

Rodrigo disse...

Somos todos muitos e estranhos...

Cynn disse...

Dancemos pois em cima dos problemas p/ que a vida não nos faça dançar...
Dancemos com a poesia...
Dia e noite, noite e dia...
Hoje...e sempre!

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