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..."O mais importante é aprender a não se perder" p.15. Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas de Robert M. Pirsig

Fiandeiras do destino

quarta-feira, 19 de agosto de 2015



Se eu fosse da Grécia, diria que as fiandeiras Parcas são as tecedeiras do meu destino, fio a fio, linha a linha. Ou poderia dizer que tudo está escrito em algum livro sagrado escondido nos confins do mundo. Muitos são os mistérios, as perguntas e as dúvidas. E algumas poucas certezas que temos, guardamos em caixas de pandora ou a engolimos para preencher o fôlego de viver. Alguns dizem que existe o livre arbítrio... Outros dizem que somos deuses dos nossos próprios passos. Eu prefiro acreditar que minha vontade maior continua sendo a bússola do meu amanhã. Posso atravessar fronteiras, virar poliglota ou astrônoma, se for preciso. Se for preciso te explicar que as pessoas são feitas de energia e poeira cósmica, que uma estrela que foi dissipada e espalhada por milhões de pedaços em todo o universo, sente a energia de uma parcela mínima de sua partícula a quilômetros de distância. Você não deve saber... Mas essas partículas cósmicas de uma mesma estrela não precisam falar a mesma língua, nem nascerem no mesmo continente. É preciso uma sensibilidade enorme para que se encontrem, mas um só abraço para se reconhecerem. Sou eu mesma que traço meus passos, que vivo intensamente e respiro cada segundo como se não houvesse um novo dia. Coleciono sonhos e dúvidas, mas uma certeza carrego comigo desde a última fronteira que cruzei: meu amanhã mora em Guadalajara.

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