Nas mãos suadas e frias, uma xícara de café. Enquanto eu tomava o café forte e sem açúcar, observava a mala ainda não desfeita da última viagem. Retirava com cuidado cada lembrança embrulhada em papéis coloridos, guardava em um envelope as entradas de museus visitados (duas de cada lugar) e colocava no peito as histórias que aos poucos relembrava. De tudo, o que mais ficou dentro de mim foi saudade. Vontade extasiante de morar no seu peito, no seu abraço quente e olhar apertado. Ah! Esse olhar latino que faz meu coração "brincar" e por alguns segundos parar de bater. Preciso te contar um segredo. Tudo me faz crer que esse amor é conspiração divina do universo. Meu amor declarado pelas cores, sons e aromas do México.
E por um segundo todo o meu mundo estava ali, deitado do meu lado na madrugada fria de Tapalpa.
Foto: Serra de Tapalpa, Jalisco, MX.
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