
Seus pés tocavam o chão como um anjo andando em nuvens. Seus cabelos esvoaçavam como se cortasse o vento em colunas e asas
ruflassem por
detrás de suas costas largas. Seus olhos eram da cor de nuvem tempestade, mas pareciam bem pequeninos quando
esboçavam um quase sorriso. Seus braços eram cheios de adornos, desenhado por traços finos e precisos. Andava como quem se lança de um
precipício, como um guerreiro frente a batalha. Olhava como quem procura detalhes, observa e
fareja a caça. Seu cheiro...
entorpecente, madeira com bebida, cheiro de
boemia e
blues... E na sinestesia de cada olhar, era possível sentir o gosto... Poesia,
Kashimir tocando lá no fundo, cheiro de canela no ar, toque leve e denso,
indescritivelmente... assim.

Dayane R. Peixoto
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